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Coppead tem novo espaço integrado da francofonia

Parceria internacional traz centro de empregabilidade e campus francófono digital à Cidade Universitária

Agora a Universidade Federal do Rio de Janeiro conta com um novo espaço integrado voltado para a inovação, criação, aprendizagem e difusão de recursos educacionais. No dia 19/6, a Agência Universitária da Francofonia (AUF) inaugurou, no Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Coppead), um Centro de Empregabilidade Francófono (CEF) e um Campus Francófono Digital de nova geração (CNF 5.0). Essa é a segunda ação da AUF no país, já que a primeira foi realizada na Universidade Federal de Amapá (Unifap), em 2019. 

A parceria trouxe para a Coppead um espaço aberto às comunidades interna e externa da UFRJ que tem como objetivo conceder tutorias de empregos, formações complementares e certificações nas áreas de idiomas, comunicação e gestão de projetos. Além disso, o CEF também visa oferecer acolhimento a empreendedores em fase de pré-incubação. Já o CNF 5.0 é uma estrutura que funciona tanto como lugar de acesso à informação científica e técnica quanto de utilização de tecnologias como computadores, softwares, equipamentos de videoconferência, entre outros. 

Pessoas estão em sala multimídia onde há uma televisão e uma mesa para reuniões, com plantas sobre ela.
Equipe AUF apresenta sala multimídia. | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

A iniciativa faz parte de um projeto global da agência, que está presente em todos os continentes e tem foco na empregabilidade e difusão da língua e cultura francófonas no mundo. O professor da Coppead Eduardo Raupp, com experiência de atuação em países francófonos no currículo, , assumiu a coordenação do espaço, que atuará com bolsistas e servidores dedicados. “É um espaço aberto para todo o corpo social da UFRJ e para a comunidade com que a Universidade se relaciona, tendo atividades na área de ensino, pesquisa e extensão”, explica o coordenador. 

Com a iniciativa, pretende-se fazer parte da rede global da agência e focar na integração com os outros países, realizando cursos, palestras ou demais experiências em parceria. Ao todo, são mais de 60 unidades no mundo − oito apenas na América Latina. Para o diretor do escritório AUF no Brasil, Gilles Mascle, encarregado da América Latina, a escolha da UFRJ vem da tradição de parcerias da Universidade com a francofonia. 

“Quando começamos a nos aproximar da Universidade, um dos pontos de interesse da Reitoria da UFRJ foi a possibilidade de estender essa conexão para outros países da África Francófona, com os quais a AUF já tem relação. Então, esse vai poder ser um caminho de se aproximar principalmente com a zona da África do Oeste, com países como Senegal, Mali e Congo”, defende o representante da Agência Universitária Francófona.

Aluno negro de boné posa ao lado de uma parede vermelha que contém frase de Nelson Mandela em francês, que significa: Eu não perco nunca. Ou eu ganho, ou eu aprendo.
O aluno congolês Feldy com frase de Nelson Mandela. | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

O aluno congolês Feldy Jodelph mostra como esse contato já vem acontecendo. No terceiro período de Engenharia de Petróleo, ele descobriu sobre o novo espaço e se inscreveu para participar do processo seletivo. “Vi no grupo dos estudantes estrangeiros do qual faço parte. Como o país de onde eu venho é francófono, quando vi logo me cadastrei e espero que o processo seletivo possa me aprovar”, comentou o jovem de 25 anos. 

Outras parcerias no Brasil

Essa não é a primeira relação da AUF com a UFRJ. Desde 2022, a agência tem apoiado financeiramente o projeto Telerreabilitação aos Moradores da Maré com a Condição Pós-Covid, do Laboratório de Investigação em Avaliação e Reabilitação Pulmonar (Lirp), coordenado pela professora Alessandra Arruda. Um dos objetivos da proposta é auxiliar na recuperação de pessoas que sofrem da Síndrome Pós-Covid, que causa sintomas como fadiga, dor de cabeça e falta de ar, atingindo cerca de 30% dos indivíduos no território do conjunto de favelas da Maré. 

Após concorrer em edital da AUF, o projeto foi selecionado e tem atuado na avaliação dos pacientes e em telerreabilitação realizada por profissional de fisioterapia. Como os atendimentos são feitos remotamente, há um espaço disponível no território para pessoas que não tenham acesso a equipamentos digitais ou internet. Com o financiamento da instituição foi possível comprar oxímetros de pulso, aparelhos de pressão e  instrumentos para exercícios a serem realizados em casa. 

Grupo de pessoas reunidas em frente à placa da AUF.
O diretor Gilles Mascle, a professora Alessandra Arruda, a futura vice-reitora da UFRJ Cássia Turci e o reitor da AUF Slim Khalbous com os extensionistas do projeto do Lirp. | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

Na inauguração do novo espaço, professora e alunos que fazem parte do Lirp estiveram presentes e celebraram a parceria com a AUF.