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UFRJ dobra número de estudantes atendidos pela Residência Estudantil

Programa que possibilita moradia na Residência Estudantil da UFRJ passou a contemplar 504 estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica

Na última quinta-feira, 30/3, a Pró-Reitoria de Políticas Estudantis (PR-7) liberou 252 chaves para os novos moradores do bloco B da Residência Estudantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que estava desativado depois de um incêndio ocorrido em 2017. Agora, a UFRJ oferece vaga a 504 estudantes. Até então, apenas metade era atendida, no bloco A. O acesso ao benefício se dá por edital na página da PR-7.

Para Carlos Frederico Rocha, reitor da UFRJ em exercício, a iniciativa é crucial para os estudantes e demarca a posição da Universidade em favorecer grupos em situação de vulnerabilidade socioeconômica. “É um movimento muito importante da Administração Central da UFRJ, que envolveu um engajamento relevante da PR-7, da Pró-Reitoria de Gestão e Governança (PR-6), da Prefeitura Universitária (PU) e do Escritório Técnico Universitário (ETU). Dobrar o número de vagas na Residência Estudantil é um passo importante que mostra que nossa Universidade é atenta à questão da permanência dos estudantes e da sensação de pertencimento à nossa instituição”, disse.

O pró-reitor de Políticas Estudantis, Roberto Vieira, e o reitor em exercício, Carlos Frederico Rocha, posam para foto, no espaço comum do apartamento, equipado com geladeira, micro-ondas e máquina de lavar roupas | Foto: Reprodução

No bloco B, foram realizadas obras de substituição de janelas, cercamento do complexo residencial, construção de rampas de acesso ao prédio e reforma total de 84 módulos, com três quartos e um banheiro em cada um deles. Os módulos foram equipados com pia, armário, dispensa, geladeira, máquina de lavar roupas, forno de micro-ondas e mesa com duas cadeiras. Os quartos foram mobiliados com cama box, colchão de solteiro, ventilador de pedestal, mesa, cadeira, prateleira e armário embutido.

Além das obras realizadas, hoje a Residência também conta com manutenção para reparos emergenciais e brigada de incêndio. Dando continuidade à reestruturação da Residência Estudantil, há projetos que visam à construção de quartos para pessoas com deficiência, academia esportiva, sala de dança, biblioteca, laboratório de informática e quadra poliesportiva, bem como a instalação de câmeras de monitoramento, automação dos portões, interfones nos módulos e controle eletrônico de entrada e saída. “Tudo isso já está em fase de conclusão”, pondera Roberto Vieira, pró-reitor de Políticas Estudantis.

Segundo ele, após a criação do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que proporcionou a democratização do acesso ao ensino superior, a UFRJ, que tinha um corpo estudantil oriundo basicamente da região Sudeste, passou a ter estudantes de todas as regiões do país.

“Esse fenômeno, aliado à criação da Lei de Cotas, que reserva 25% de todas as vagas ofertadas para estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, contribuiu bastante para o aumento da procura por auxílios moradia, fazendo com que exista uma grande demanda reprimida. Dessa forma, aumentar a oferta de moradias, assim como o número de auxílios financeiros para custear as residências, é extremamente importante. Na nossa gestão, dobramos tanto a oferta de moradias quanto o número de auxílios financeiros para custeá-las. Esperamos que as gestões futuras continuem trabalhando nesse sentido”, diz Vieira.

Ainda de acordo com o pró-reitor, apesar de 252 novos estudantes terem sido contemplados, nem todos compareceram para receber as chaves. “Muito provavelmente, comparecerão nesta semana, quando iniciam as aulas. Na hipótese de haver desistência, essas vagas serão ocupadas por estudantes selecionados em edital. São todas vagas novas”, complementou Vieira.

A notícia veio em boa hora para Lauan Correia, estudante do 2º período de Medicina. De Ilhéus/BA, Lauan conta que a residência estudantil é fundamental para conseguir estudar e viver no Rio.

Lauan Correia veio de Ilhéus/BA para cursar Medicina na UFRJ | Foto: Arquivo pessoal

“Sem a política de permanência da UFRJ, seria difícil eu me manter aqui, visto que não tenho familiares no estado e só vim porque fui aprovado na Faculdade de Medicina daqui. Então essa assistência está sendo essencial para que eu consiga permanecer no Rio de Janeiro”, disse Lauan.