A mídia nacional repercutiu a conquista do selo ODS EDU pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em reconhecimento a ações e projetos alinhados com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e que contribuem para as 17 metas da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
O selo é uma tecnologia social criada no âmbito do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 e tem como objetivo certificar instituições de ensino, reconhecendo projetos, boas práticas e soluções, tanto em ensino, pesquisa e extensão quanto nas atividades de gestão. O Conexão UFRJ havia anunciado a certificação em dezembro de 2022, quando a boa-nova foi anunciada à Reitoria, mas só agora a distinção foi entregue.
Denise Freire, pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2) da UFRJ, recebeu o selo. “Esse reconhecimento é muito importante para toda a nossa comunidade acadêmica. Ele confere uma sensação de pertencimento e importância do nosso trabalho para a construção de um país melhor, mais sustentável. O certificado é como uma cola, que ajuda a unir nossas ações internamente e também com outras universidades, numa troca de experiências que leva todos a crescer juntos”, disse, após receber a certificação em cerimônia realizada no Centro Cultural da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (UnB).
Veículos como O Globo, Yahoo! Finanças e Extra destacaram o selo. “Única instituição pública do Rio a obter a certificação, a UFRJ apresentou cinco iniciativas que possibilitaram a conquista”, disse a repórter Ana Claudia Guimarães, para a coluna do Ancelmo Gois, no jornal O Globo.
Em outra publicação, o veículo destacou que essas cinco iniciativas foram desenvolvidas nas áreas de ensino, pesquisa, extensão e gestão, para serem avaliadas visando à certificação. Uma delas foi a criação de um mapa das ações desenvolvidas nos 1.456 laboratórios da UFRJ que dialogam de alguma forma com os ODS.
“Outro projeto apresentado pela UFRJ foi o Plano de Logística Sustentável, desenvolvido nos campi do Rio, Duque de Caxias e Macaé, e unidades como complexo hospitalar e o Fórum de Ciência e Cultura. Uma das ações desenvolvidas no âmbito do plano foi o Mutirão de Agroecologia (Muda), da Escola Politécnica da Universidade, que transformou uma área de mais de 1.800 metros quadrados, na Ilha do Fundão, em agrofloresta. No local são plantadas espécies como cacau, banana, café, mamão, folhagens em geral e até a pouco conhecida Chaya, uma Planta Alimentícia Não Convencional (Panc) bastante versátil, que chegou a ser servida no bandejão da Universidade”, continuou o jornal O Globo.
Heloísa Firmo, chefe do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Escola Politécnica da UFRJ, relatou ao jornal a importância da articulação da Universidade com a sociedade. “A gente trabalha muito na Engenharia Ambiental a importância da extensão na formação do aluno. A educação é a chave para tratar uma sociedade doente. As questões ambientais são importantes hoje. Precisamos ser eficientes, reaproveitar o alimento, fechar o ciclo, tornar os processos mais eficientes”, afirmou.
O jornal O Globo destacou, ainda, que o projeto inclui o reaproveitamento de sobras do Sistema Integrado de Alimentação (SIA) da UFRJ. “O material orgânico que seria descartado é coletado, vai para compostagem e vira adubo que ajuda na produção da agrofloresta. Estudos do grupo Muda indicam a possibilidade de implementação de pátio de compostagem para a reciclagem de resíduos de aproximadamente 10 mil refeições diárias, o que permitiria a transformação de 3,81 toneladas de resíduos orgânicos em adubo.”
Para Firmo, a experiência tem sido exitosa. “Começamos a trabalhar os conceitos de agroecologia e permacultura, e então surgiu a questão dos resíduos. Desenvolvemos uma proposta de aproveitar os resíduos do restaurante universitário e a experiência tem sido muito boa”, concluiu.