Outros três integrantes da comunidade acadêmica da Universidade Federal do Rio de Janeiro foram escolhidos para participar da equipe de transição do governo eleito: Carol Proner, pesquisadora da Faculdade de Direito (FD), Luis Manuel Rebelo Fernandes, professor do Fórum de Ciência e Cultura (FCC), e Kleber Lucas, doutorando do Programa de Pós-Graduação em História Comparada, do Instituto de História (PPGHC/IH).
Na última sexta-feira, 18/11, o Conexão UFRJ tinha destacado que os professores da UFRJ Ildeu de Castro Moreira, do Instituto de Física (IF), Maurício Tolmasquim, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe), e Esther Dweck, do Instituto de Economia (IE), haviam sido nomeados para integrar a equipe de transição.
Carol Proner se unirá ao grupo técnico dedicado a discutir Justiça e Segurança Pública. Advogada, doutora em Direito Internacional pela Universidade Pablo de Olavide (Espanha), ela fez estágio pós-doutoral na École de Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris, na França. É professora de Direito Internacional na UFRJ.
Desde 2009, Carol é codiretora do Programa Máster Oficial da União Europeia, Derechos Humanos, Interculturalidad y Desarrollo, pela Universidade Pablo de Olavide e pela Universidade Internacional da Andaluzia, em Sevilha, na Espanha. Ela é diretora executiva do Instituto Joaquín Herrera Flores, sede Brasil, e foi conselheira da Comissão Nacional da Anistia – Brasil. Desde 2011 integra o Tribunal Internacional para Justiça Restaurativa de El Salvador e desde 2017 é membro da Secretaria Internacional da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD). Carol é autora de diversos livros e artigos sobre temas como direitos humanos, direitos fundamentais e democracia, direito internacional público e direito internacional dos direitos humanos.
Já Luis Manuel Rebelo Fernandes participará do grupo técnico de Ciência, Tecnologia e Inovação. Luis é graduado em Relações Internacionais pela Universidade Georgetown e mestre e doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj). Além de ser professor da UFRJ, leciona na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Em setembro, ele assinou um artigo no jornal O Globo, junto com a reitora, Denise Pires de Carvalho, em que destacaram que era preciso completar a obra da Independência do Brasil e argumentaram que as universidades têm relevância para superação de vulnerabilidades no país.
Como gestor público, Luis exerceu as funções de secretário executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), diretor científico da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), secretário executivo do Ministério do Esporte e coordenador do Grupo Executivo da Copa do Mundo 2014, além de assessor especial do Ministro da Defesa. Sua atividade de pesquisa é focada em temas de Economia Política das Relações Internacionais, com destaque para os desafios da inovação e do desenvolvimento na era do conhecimento, a reconfiguração das relações de poder no sistema internacional pós-Guerra Fria e as transformações nos estados socialistas e ex-socialistas.
Por fim, Kleber Lucas integrará equipe de Cultura. Ele é cantor gospel e, em 2013, ganhou o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Cristã, com Profeta da Esperança. O pastor da Igreja Batista Soul é doutorando e mestre em História pela UFRJ, além de pesquisador do Laboratório de História das Experiências Religiosas (Lher), da mesma instituição. O compositor participou do vídeo que reuniu diversos artistas que parodiaram Não Quero Dinheiro, de Tim Maia. A letra pedia para os brasileiros votarem no segundo turno da eleição presidencial. “Vou pedir pra você votar. Este ano, vem votar também”, dizia um trecho da canção.
Kleber também lançou a faixa Messias, junto aos cantores Leonardo Gonçalves e Clovis Pinho, ex-integrante da banda Preto no Branco. O single criticou a instrumentalização da fé por parte de alguns líderes religiosos. Ao longo da letra, o trio denuncia, ainda, que alguns membros de igrejas estavam sendo hostilizados por discordarem do bolsonarismo. “Evangelho não é questão de esquerda ou direita”, cantam. Agora, Kleber Lucas vai lançar, junto com Caetano Veloso, uma nova versão da sua música mais famosa: Deus cuida de mim, que já teve versão cantada por padre Fábio de Mello.