Para reforçar o valor das instituições públicas de ensino superior para a sociedade, um vídeo institucional entrou no ar, dia 1/9, no canal da Universidade Federal do Rio de Janeiro no YouTube no mês de celebração de mais um aniversário da maior universidade do Brasil. Com dois eixos estruturais, o vídeo de 5 minutos aborda as ações da UFRJ no enfrentamento da COVID-19 e fornece dados sobre a instituição e as inovações científicas e tecnológicas desenvolvidas nos diversos campi.
Para a reitora Denise Pires de Carvalho, o vídeo evidencia que as instituições públicas de ensino superior são o grande orgulho do Brasil. “Elas constroem, passo a passo, a sociedade do conhecimento pela formação de profissionais altamente qualificados, cidadãos críticos, e geram conhecimento de ponta que dignifica o nosso país e transforma a sociedade”, afirmou.
O sentimento é compartilhado pelo diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), Romildo Dias Toledo Filho, que destacou a posição da UFRJ em vários rankings como a melhor do ensino superior federal do país: “A Universidade é também líder em pesquisa científica, além de possuir um ambiente diverso e inclusivo social e culturalmente. É, portanto, uma instituição que gera conhecimento e forma recursos humanos altamente qualificados. O país precisa disso. Valorizem a UFRJ, que produz todo esse saber e é indispensável para a criação de um Brasil autônomo”.
Jerson Lima, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), que também é professor na Universidade, ressaltou que o vídeo transmite a abrangência e a importância da UFRJ. “O vídeo tem foco inicial nas pesquisas da COVID, mas deixa claro que a Universidade possui longa tradição de produtora de conhecimento, ensino de graduação e pós-graduação e extensão em todas as áreas.”
Segundo Luiz Eurico Nasciutti, decano do Centro de Ciências da Saúde (CCS), o vídeo contribui para mostrar o protagonismo da Universidade no combate à pandemia. “Exemplifico aqui a atuação do Setor de Testagem e Diagnóstico, com mais de 20 mil testes realizados; o desenvolvimento de um novo processo de testagem do coronavírus, mais rápido e mais econômico; o desenvolvimento de testes sorológicos; a produção em andamento de duas vacinas, além da própria produção de álcool em gel, que vem abastecendo todas as nossas unidades de saúde e os laboratórios de pesquisa do CCS.” Para o decano, tudo isso evidencia o quanto a ciência é fundamental ao desenvolvimento de um país e o quanto a UFRJ colabora. “Infelizmente, com a diminuição constante do financiamento das universidades federais, corremos sérios riscos de ser obrigados a paralisar nossas atividades”, lamentou ele, embora confiante em dias melhores, com apoio da população.
Como chamou a atenção o decano do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), Marcelo Macedo Corrêa e Castro, o país vive um momento de resistência aos avanços do processo civilizatório. Segundo ele, além de se tentar entender a quem interessa negar a afirmação dos direitos humanos, as ações de preservação ambiental, o desenvolvimento de tecnologias e a busca de verdades cientificamente construídas, é preciso fortalecer o papel das universidades públicas brasileiras, que representam, mais do que nunca, espaços de produção de conhecimento confiáveis para a vida em sociedade e de formação de cidadãos responsáveis e conscientes. “A afirmação desse papel é fundamental para a preservação do que temos de melhor. É a melhor resposta para os ciclos de barbárie que o Brasil tem enfrentado ao longo da sua trajetória rumo à consolidação da República e da democracia”, disse.
Na mesma linha de raciocínio, Flávio Alves Martins, decano do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), lembrou que, mais uma vez, o Brasil se depara com tempos incertos e difíceis, mas que a Universidade se faz presente em defesa da sociedade: “Uma Universidade com “u” maiúsculo, sim! Com responsabilidade social e ciente de que a pesquisa, o ensino e a extensão não são letras constitucionais sem significado. Elas têm valor incomensurável na construção de uma sociedade consciente e de um país menos assimétrico, soberano e com liberdade do pensamento”. Ele entende que a sociedade brasileira deve se manter firme na defesa dos investimentos públicos, que são necessários para que a UFRJ possa devolver ao país atividades socialmente responsáveis e de qualidade.
A decana do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), Cássia Turci, opina que, somente a partir da ciência e da educação de excelência que envolvem o ensino, a pesquisa e a extensão, além da administração ética e eficiente, será possível promover o conhecimento global e contribuir para o bem-estar social e uma sociedade mais justa, equânime e igualitária. “Neste momento difícil que atravessamos no país, nosso foco deve estar no fortalecimento da educação, na cooperação, na solidariedade e no exercício permanente de cultivar a ciência e a cidadania.”
Já Irnak Marcelo Barbosa, que dirige o campus do Norte Fluminense da UFRJ, também gostou do vídeo, apesar de ter sentido falta, no conteúdo, de imagens referentes aos campi de Duque de Caxias e Macaé sobre os avanços que a Universidade traz para o interior do Rio. Segundo ele, o ensino superior faz diferença. “Temos várias parcerias com o município de Macaé e produzimos ciência, com programas de pós-graduação e melhorando a qualidade de assistência médica. São seis programas de residência médica induzidos pela UFRJ. Temos o Nupem, pertencente ao CCS, que fez a testagem de toda a população de Macaé [para diagnóstico da COVID-19], identificou variantes e fez a chamada vigilância epidemiológica da cidade, que está deixando de ser um município envolvido com a indústria do petróleo para se tornar a cidade do conhecimento”, completa.
“Eu me senti representada quando vi as nossas bibliotecas, as nossas salas de aula, os nossos laboratórios de pesquisas e quando é abordada a ciência que a Universidade produz. Acho que o vídeo cumpriu a missão e mostrou o que a UFRJ tem de melhor, o que ela oferece à sociedade. Precisamos de mais vídeos assim, pois é a primeira vez que vejo um desse jeito, mostrando nossa potência no ensino, na pesquisa e na extensão. Acho que deveríamos acrescentar mais duas coisas: a inovação e a gestão, algo que ficou bem claro nos últimos dias. Tenho orgulho de estar vivendo este momento na UFRJ, que está cada vez mais próxima da sociedade, orientando e protegendo a população, levando ciência e tecnologia, bem como atuando na linha de frente no combate à COVID-19. O vídeo é essencial para mostrar por que temos de defender a UFRJ mais do que nunca”, finalizou a professora Juliany Cola Fernandes Rodrigues, diretora do campus de Duque de Caxias.