Você sabe o que muda na UFRJ com o Plano Diretor 2030? É importante entender quais são as transformações que o PD 2030 pretende trazer para o seu cotidiano na próxima década.
O novo Plano Diretor da UFRJ, elaborado em um contexto de restrições orçamentárias e adaptações a uma nova realidade acadêmica imposta pela pandemia de COVID-19, busca orientar o desenvolvimento da instituição nos planos físico-territorial e patrimonial, tendo como principal objetivo ordenar a expansão da Universidade e planejar a destinação e o uso de seus recursos em espaços e instalações. O processo de construção do Plano considera as necessidades das comunidades interna e externa com o objetivo de que a Universidade cumpra seu papel na sociedade.
Segundo o professor Walter Suemitsu, coordenador do Comitê Executivo, o novo Plano tem a intenção de qualificar os espaços.
Diferentemente do Plano Diretor UFRJ 2020, não vamos focar em novas obras e expansão. Precisamos manter e qualificar a Universidade que nós já temos. Queremos tornar a UFRJ uma universidade ainda mais inteligente e eficiente.
Walter Suemitsu, coordenador do Comitê Executivo do Plano Diretor UFRJ 2030
Seis grupos temáticos foram criados para auxiliar na construção do PD 2030:
- Diretrizes e Parâmetros Urbanos e Arquitetônicos (GT 1);
- Meio Ambiente, Áreas Verdes e Infraestrutura Urbana (GT 2);
- Mobilidade e Transporte (GT 3);
- Patrimônio e Cultura (GT 4);
- Segurança (GT 5);
- Recursos Financeiros, Cessões, Legislação e VivaUFRJ (GT 6).
“O grande impacto que esperamos que o Plano Diretor 2030 tenha na área de Meio Ambiente, Áreas Verdes e Infraestrutura Urbana é termos diretrizes claras para atingirmos os objetivos de sustentabilidade, de racionalização dos recursos, otimização dos investimentos, para a melhoria geral dos campi”, afirma a professora Susana Vinzon, coordenadora do GT 2.
De acordo com a professora Andrea Borde, coordenadora do GT 4, o Plano Diretor 2030 pretende otimizar a preservação, manutenção e conservação do patrimônio cultural da Universidade, pautando-se pelas noções de pertencimento e de memória coletiva.
“Conhecer a UFRJ é o ponto de partida e o ponto de chegada das ações propostas em relação ao patrimônio e à cultura”, diz Borde.
“Precisamos adequar nossas edificações, muitas delas com mais de 50 anos, para serem seguras. As instalações elétricas são bem antigas (…). O Plano Diretor 2030 prioriza a manutenção e a conservação do nosso patrimônio, deixando um pouco de lado o foco na expansão da UFRJ. Temos que conservar o que já temos primeiro, para depois pensarmos em expansão”, explica o professor Wendell Varela, coordenador do GT 5.
“O Plano pretende melhorar a nossa gestão, gerindo de forma econômica para continuarmos funcionando com qualidade. Precisamos nos posicionar como um exemplo de universidade segura, como já somos em tantas áreas de ensino, pesquisa e extensão”, completa o docente.
Construção coletiva
O Plano Diretor é um instrumento de construção coletiva. Por isso, a participação de estudantes, professores e servidores de todos os campi e espaços da UFRJ é importante. A sociedade civil também é convidada a participar. A ideia é contemplar as necessidades dos mais diferentes grupos que convivem com a Universidade. O PD 2030 é o instrumento que todo o corpo social da Universidade e a sociedade ao seu redor possuem para edificar o futuro da instituição, sem abrir mão do passado e gerindo com eficiência o presente.
Já estão abertas as consultas públicas destinadas à sociedade e à comunidade universitária sobre o Plano Diretor 2030. Mais informações e detalhes sobre o processo de construção podem ser encontrados no site planodiretor.ufrj.br.
*Por João Victor Campos, com supervisão da Comissão Técnica de Comunicação do Plano Diretor UFRJ 2030