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Coronavírus: UFRJ e outras 10 instituições apoiam isolamento social

“É imperativo suspender temporariamente ou diminuir a frequência das atividades de trabalho, ensino, lazer e entretenimento”, destaca a nota

Na última quarta-feira (18/3), a reitora da UFRJ, Denise Carvalho, em documento, fez endosso às políticas públicas de distanciamento social, frente ao novo coronavírus.

Também assinaram o texto os dirigentes de outras 10 instituições públicas de ensino superior: Colégio Pedro II, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Entre outras questões, o texto destaca que é imperativo suspender temporariamente ou diminuir a frequência das atividades de trabalho, ensino, lazer e entretenimento, e que as instituições signatárias da carta estão engajadas na política de distanciamento social não somente produzindo conhecimento científico, mas também oferecendo sua rede de hospitais universitários para auxiliar no atendimento de pacientes no Rio de Janeiro.

Leia na íntegra:

Endosso às políticas públicas de distanciamento social

As instituições públicas de ensino superior e as de pesquisa do estado do Rio de Janeiro que subscrevem essa carta apoiam veementente as ações que decretam estado de emergência e restrição da circulação de pessoas. O distanciamento social é a principal medida para achatar a curva de propagação, pois reduz drasticamente o contato físico. Para isso, deve-se evitar ao máximo sair de casa e participar de eventos públicos.

Obviamente, o distanciamento social produz um efeito econômico significativamente negativo, na medida em que reduz o consumo em todas as áreas. Todavia, estamos enfrentando um desafio inédito que demanda ações severas para proteger a vida e a saúde das pessoas. É imperativo suspender temporariamente ou diminuir a frequência das atividades de trabalho, ensino, lazer e entretenimento.

Por isso, apoiamos as ações que decretaram estado de emergência e restrição da circulação de pessoas, implementadas pelo secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, e pelo governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

As instituições públicas de ensino superior e as de pesquisa do estado do Rio de Janeiro que subscrevem esta carta estão engajadas nessa política não somente produzindo conhecimento científico básico aplicado, mas também oferecendo sua rede de hospitais universitários para auxiliar no atendimento de pacientes no Rio de Janeiro.

Estamos construindo meios para que os estudantes da área de Saúde das universidades, hospitais e institutos possam colaborar de maneira organizada e articulada com a autoridade sanitária do estado do Rio de Janeiro.  

Reiteramos o comprometimento financeiro imediato dos órgãos de saúde, em cada esfera de governo: no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde; no âmbito do estado do Rio de Janeiro, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; e no âmbito do município do Rio de Janeiro, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente, de modo que possamos trazer para o interior das nossas instituições os interesses republicanos que a sociedade deseja, na medida da responsabilidade social que nos cabe e pela clara visão de que ações e recursos devem reverter em favor do interesse público.

Subscrevem esta carta os dirigentes máximos das instituições públicas de ensino superior e as de pesquisa do estado do Rio de Janeiro:

Antonio Claudio Lucas da Nóbrega – reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Denise Pires de Carvalho – reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Jefferson Manhães de Azevedo – reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF).

Maria Cristina de Assis – reitora da Fundação Centro Universitário da Zona Oeste do Rio de Janeiro (Uezo).

Nísia Trindade Lima – presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Oscar Halac – reitor do Colégio Pedro II.

Rafael Barreto Almada – reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ).

Raul Ernesto López Palácio – reitor da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf).

Ricardo Lodi – reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Ricardo Luiz Louro Berbara – reitor do Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Ricardo Silva Cardoso – reitor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).