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Reitora da UFRJ faz conferência de abertura do Uerj Sem Muros

Denise Carvalho palestrou sobre os desafios das mulheres na ciência


Reitora palestra na Uerj – foto: Divulgação/Uerj

A 29ª edição do evento Uerj Sem Muros – que divulga a pesquisa e a extensão da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – foi aberta na segunda-feira, 23/9, com a reitora da UFRJ, Denise Carvalho. Ela palestrou sobre a importância da igualdade de gênero na ciência. A professora é a primeira mulher a ocupar o cargo mais alto na direção da UFRJ, em quase cem anos de história.

“Não há motivos que expliquem o porquê de as mulheres não atingirem posições de destaque nas suas carreiras, a não ser uma característica da sociedade, não apenas brasileira, mas mundial, que é o machismo. Isso tem mudado, mas de forma muito lenta. Então é importante que façamos o diagnóstico, que o problema seja identificado, para que políticas possam ser implantadas, buscando a igualdade”, afirmou Denise.

A reitora destacou que, embora as mulheres sejam maioria nos cursos de graduação no país (57,2%), dados de 2018 apontam que só cerca de 25% foram contempladas com bolsas de produtividade 1A (mais alto nível) pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também ressaltou que a representação ainda é baixa na Academia Brasileira de Ciências (ABC), que, dos 518 membros titulares, tem somente 69 mulheres. E nunca, desde a criação em 1916, contou com uma cientista do gênero feminino na presidência.

A vice-reitora da Uerj, Maria Georgina Muniz Washington, agradeceu a presença da dirigente da UFRJ, lembrando que a estadual foi uma grande companheira nos momentos difíceis. Comemorou, ainda, o fato de a palestra de abertura estar com o auditório lotado. “É extremamente importante, neste momento, mostrar que a universidade não é enclausurada, ela é para a sociedade, não só na formação dos alunos, mas também nos trabalhos que fazemos para a sociedade”, afirmou.

“Todos os anos eu participo como avaliadora [de trabalhos]. É com muita felicidade que sempre vejo que há um número maior de trabalhos, trabalhos de excelência”, finalizou Denise. 

 

Com informações da Diretoria de Comunicação Social da Uerj