A Reitoria da UFRJ divulgou hoje o relatório da gestão encabeçada pelos professores Roberto Leher e Denise Nascimento, respectivamente reitor e vice-reitora do quadriênio 2015-2019. Eles terminam a gestão no dia 1/7.
A publicação em formato de revista apresenta os principais resultados da administração e analisa a conjuntura da Universidade no período. Distribuída na sessão do Conselho Universitário (Consuni), na manhã desta quinta-feira (27/6), também está disponível para download.
Leher e Nascimento afirmam que conduziram o trabalho à frente da UFRJ referenciando-se no papel da instituição para “solucionar problemas nacionais e pensar problemáticas teóricas e epistemológicas da ciência contemporânea”. Entre as conquistas para a Universidade, destacam a criação da Pró-Reitoria de Políticas Estudantis e a ampliação do número de restaurantes universitários e de cotas na pós-graduação.
Formação de cidadãos críticos
Entre as principais mudanças na UFRJ, a Reitoria destaca a criação de um fórum para boas práticas na orientação acadêmica, destinado a reduzir a evasão de estudantes; o aprimoramento de editais para ocupação de vagas ociosas e o suporte para a criação e disseminação de disciplinas de Direitos Humanos, Sustentabilidade e Acessibilidade.
No período, a Pró-Reitoria de Graduação aprovou o nome social para LGBTQI+s nos diplomas de graduação, criou uma estrutura para checar o acesso por meio de cotas e passou a exigir a assinatura de um termo específico para autodeclarados negros, pardos ou indígenas.
Na pós-graduação, foram destacados os processos para democratizar e qualificar a pesquisa, como o aumento de dois para 55 no número de programas com reserva de cotas ou ações de inclusão, e a participação da UFRJ no programa Capes-PrInt, voltado para internacionalização, que reuniu 450 iniciativas de cooperação acadêmica e 650 publicações científicas de 58 programas.
Na área internacional, a Gestão destacou a celebração de 260 acordos com universidades da Europa, América Latina e Caribe, América do Norte, África e Oceania, bem como o reconhecimento automático e recíproco de títulos de Engenharia com a Universidade do Porto ede Medicina com a Universidade de Lisboa.
Assistência estudantil e extensão
Política sempre destacada pela Reitoria de Leher e Nascimento, a assistência estudantil da UFRJ destacou, na área, a abertura de três novos restaurantes: na Praia Vermelha, no Largo de São Francisco de Paula e em Duque de Caxias. Além disso, houve um aumento de 15 para 40 em relação ao quantitativo de servidores para atendimento psicológico, pedagógico e de assistência social, entre outros.
A Pró-Reitoria de Extensão divulgou a criação de um conselho deliberativo, para acompanhamento das 1.700 ações que a UFRJ tem em interface com bairros, escolas e a sociedade fluminense. “Desenvolvemos parceria inédita com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ampliando as ações nos territórios da Maré e de Manguinhos”, destaca o documento.
Gestão e soluções
Na administração das finanças e contratos, o documento lembra que em 2014 a UFRJ começou a sofrer contingenciamentos que culminaram com a redução de R$200 milhões no orçamento, cenário que comprometeu parcialmente as atividades acadêmicas.
Como medidas para reverter o quadro deficitário, a Reitoria aperfeiçoou mecanismos para arrecadação própria e criou uma coordenação para aumentar a captação de recursos por meio de emendas parlamentares.
Lançando o projeto Viva UFRJ, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a UFRJ anunciou a abertura de 485 mil metros quadrados de área para cessão por até 50 anos a licitantes. Como contrapartidas, os investidores deverão construir novos restaurantes e moradias, concluir obras interrompidas e também edificar um equipamento cultural em substituição ao antigo Canecão.
“Reduzimos o custo dos contratos de alimentação em 32%, os de limpeza em 14% e os de vigilância em 11%”, destaca a Gestão. A revisão de contratos de aluguéis também foi uma das medidas, o que possibilitou aumento de R$6 milhões para R$17 milhões anuais na arrecadação junto à Petrobras, uma das empresas instaladas na Cidade Universitária.
Foto 1: Jean Souza
Foto 2: Diogo Vasconcellos