Museu Nacional abriga três dos cinco campos do conhecimento que tiveram menção internacional
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) se classificou entre as 100 melhores universidades do mundo em cinco áreas. Antropologia, Arqueologia, Arquitetura/Ambiente Construído, Estudos de Desenvolvimento e Línguas Modernas foram os campos de atuação da Universidade que ganharam destaque no QS World University Rankings by Subject, publicado no fim de fevereiro de 2019.
O Museu Nacional (MN),órgão da UFRJ, relaciona-se com três das cinco áreas mencionadas no estudo: Antropologia, Arqueologia e Línguas Modernas (referência ao Mestrado Profissional em Linguística e Línguas Indígenas). Destaque também para o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, um dos únicos no Brasil com conceito máximo na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) — nota 7, que indica desempenho equivalente ao alto padrão internacional.
Para Alexander Kellner, diretor do MN, a construção de conhecimento é a chave-mestra que demonstra a relevância do órgão. “Recebemos essa notícia com muita satisfação. Ela demonstra de forma clara que o Museu Nacional não perdeu a sua principal característica: a de gerar conhecimento. E os nossos cursos de pós-graduação, como o de Arqueologia, estão contribuindo para o nosso novo lema: o Museu Nacional Vive!”, afirmou. Para a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Leila Rodrigues da Silva, o fato evidencia a importância do Museu para a sociedade. “Apesar das adversidades, a produção de conhecimento no Museu Nacional, durante o ano de 2018, continuou tendo grande relevância”, disse.
Leila também fez uma análise sobre o desempenho da UFRJ no ranking. “O resultado (…) foi importante, sobretudo porque mostra uma melhora em relação à nossa performance no ano passado, quando tivemos tal nota em quatro áreas. A mudança não significou acréscimo de uma área, mas a perda da posição em Anatomia e Fisiologia e o ganho nas áreas de Arqueologia e Línguas Modernas”, explicou.
UFRJ subiu posições
As 48 áreas específicas são agrupadas em cinco grandes campos do saber. Nessa classificação geral, a Universidade subiu posições em relação ao ano passado em duas grandes áreas, estabilizou-se em outras duas e perdeu uma posição em uma área, apenas. Com o resultado, foi classificada entre as 15 melhores da América Latina. Em Artes e Humanidades, a UFRJ aparece em 9º lugar; em Engenharia e Tecnologia, também no 9º lugar; já em Ciências da Vida e Medicina, figurou na 7ª posição; em Ciências Naturais, na 6ª colocação; e, por fim, em Ciências Sociais e Administração, no 12º lugar.
Universidades brasileiras no ranking
Outras universidades brasileiras também aparecem no ranking entre os 100 melhores departamentos universitários do mundo: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
O ranking
Publicado desde 2011 pela Quacquarelli Symonds, organização britânica de pesquisa especializada em instituições de ensino superior, o estudo avaliou mais de 1.200 universidades em 78 países, considerando quatro indicadores, adaptados de acordo com as áreas do conhecimento: reputação acadêmica, reputação entre empregadores, citações em artigos científicos e índice H, que que analisa o quão produtivo e impactante é o acadêmico médio de uma universidade.