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EM comemora 167 anos em grande estilo

Com o tema "Trânsitos Culturais" a Escola de Música (EM) comemora, de 10 a 14 de agosto, seu 167º aniversário.

Com o tema "Trânsitos Culturais" a Escola de Música (EM) comemora, de 10 a 14 de agosto, seu 167º aniversário. Em grande estilo, a tradicional Semana de Concertos oferece um leque de atrações capaz de agradar os mais exigentes públicos. Na programação, muita música de câmara e sinfônica, obras para piano e canto, ópera e coral.

As atividades, informa Marcelo Jardim, diretor do Setor Artístico e coordenador o evento, foram planejadas em consonância com a temática da sexta edição do Simpósio Internacional de Musicologia da UFRJ que, promovido pelo Programa de Pós-graduação, acontece concomitante à Semana.
 
− Alguns assuntos abordados no Simpósio, afirma o docente, serão ilustrados nos concertos, através das obras apresentadas. Diálogos culturais, práticas musicais e ideologias; migração e viagens; identidade, nacionalismo e exotismo; cultura, sociedade e política; enfim, um pouco de tudo, para expressar com isto a importância da produção científica da unidade, em perfeito equilíbrio com sua produção artística.

Jardim destaca ainda as homenagens aos compositores Francisco Manuel da Silva (150 anos de morte) e Francisco Braga (70 anos de morte).

O autor da música do Hino Nacional, lembra, teve um papel fundamental na criação da EM. Foi através de solicitação sua que foi criado o Decreto Imperial n° 238, de 27 de novembro de 1841, o qual autorizava à Sociedade de Música extrair duas loterias por ano que seriam destinadas à criação e manutenção do Conservatório de Música. Após sete anos, em 13 de agosto de 1848, foi finalmente inaugurado o Conservatório de Música, primeira instituição de ensino musical do País e origem da atual Escola de Música da UFRJ.

Francisco Braga (1868-1945), compositor, regente e professor de enorme prestígio, conduziu de forma segura a Sociedade de Concertos Sinfônicos no início do século XX, organizou as atividades das bandas militares por décadas, e foi um dos pilares para a implantação do programa de educação musical liderado por Villa-Lobos na década de 1930.

Programação

A Orquestra Sinfônica da UFRJ faz, dia 10, o concerto de abertura, sob a regência do maestro e professor André Cardoso. Neste concerto, Episódio Sinfônico, de Francisco Braga, marca a homenagem ao compositor, seguida pela Petite Suite, de Debussy, e Variações sobre um Tema de Haydn, de Brahms.

A semana segue com Giulio Draghi e Veruschka Mainhard, com a apresentação de três coleções de obras para piano e canto, incluso a estréia mundial de Quatro Aforismos e uma Canção Sáfica, do professor e compositor Eduardo Biato.guiar, executará um repertório de obras brasileiras, entre as quais a Ária, das Bachianas Brasileiras nº 5, de Villa-Lobos, e a Violoncelada, de sua autoria.

Na quarta, a atração e a ópera O Professor de Música, atribuída Pergolesi. Montagem deste ano do projeto Ópera na UFRJ e sucesso absoluto de público e crítica,  o espetáculo foi apresentado no Teatro Municipal de Niterói e em Petrópolis, sob a direção musical de Priscila Bonfim e direção cênica de José Henrique.

No concerto de quinta, o destaque é o retorno ao Brasil de Breno Seifert, um dos mais proeminentes pianistas brasileiros, hoje radicado na Alemanha. Seifert executará obras de Lorenzo Fernandes, Chopin, Liszt e Reger.

Encerra a programação, dia 14, o coral Brasil Ensemble que, sob a regência de Maria José Chevitarese, apresentará um concerto dedicado às obras sacras de Alberto Nepomuceno, Francisco Manoel e Francisco Braga − com destaque para o Te Deum Alternado de Braga.

Os espetáculos têm entrada franca e acontecem no Salão Leopoldo Miguez. Com exceção do dia 14 de agosto, marcado para às 18h, todos os outros começam às 19h.