O prefeito da UFRJ, Ivan Carmo, está preocupado com o aumento do número de casos de ocorrências policiais no entorno da Praia Vermelha, principalmente porque, embora tenha crescido o número de reclamações, tanto a Polícia Civil quanto a Militar desconhecem registros por pessoas que informam estar sendo atacadas na região. “A violência diminuiu na Cidade Universitária, porque contamos com a colaboração das vítimas e tivemos argumentos para levar a Secretaria de Segurança Pública a melhorar o patrulhamento do campus”, informou.
Casos de sequestros-relâmpago na Cidade Universitária, por exemplo, não acontecem desde outubro do ano passado. “Até agosto de 2013, tínhamos o registro de cinco ocorrências. No entanto, tínhamos todos os casos registrados pela Polícia Civil, que intensificou as investigações para prender os criminosos e até colocou a Divisão Antissequestro no apoio à 37ª DP, da Ilha do Governador. Além disso, melhoramos o monitoramento do campus com a instalação de câmeras para facilitar a identificação de criminosos”, afirmou o prefeito.
De acordo com Ivan Carmo, no dia 10 de setembro, ocorreu uma reunião com o comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar (2º BPM/Botafogo), coronel Marcio Vaz Lima, da qual participou também o diretor da Escola de Comunicação (ECO), Amaury Fernandes, unidade que teve uma estudante vítima de violência. “Para coibir os atos criminosos, o comandante da PM se comprometeu a aumentar o policiamento ostensivo na região e até a colocar policiais à paisana para atuar em pontos específicos”, relatou o prefeito da UFRJ.
A instalação de equipamentos de monitoramento nos acessos à Praia Vermelha também está prevista, pois já foram adquiridos e em breve serão instalados. “Embora eu reconheça que alunos da nossa instituição estão entre as vítimas, tenho restrições legais para tomar qualquer medida que vá além dos muros da universidade. As pessoas precisam entender que é impossível colocar um segurança da UFRJ atuando ostensivamente no ponto do ônibus ou em qualquer outra área. Patrulhamento ostensivo é prerrogativa da Polícia Militar e quem pensa diferente deve acreditar que milícias são positivas para nossa sociedade”, concluiu Ivan Carmo.