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Coppe inaugura Centro de Excelência em Gás Natural

A Coppe/UFRJ inaugurou no dia 2/08 o Centro de Excelência em Gás Natural (CEGN), o maior do gênero na América Latina, com 2.200 metros quadrados. Na unidade, localizada no Parque Tecnológico da UFRJ, na Cidade Universitária, serão estudados diferentes processos destinados à separação do dióxido de carbono (CO2) do gás natural. A remoção do CO2 traz vantagens econômicas e ambientais. Após sua separação, o CO2 é reinjetado nos poços de petróleo, agilizando a extração do óleo e do gás.

Pela legislação brasileira, o gás natural consumido no país pode ter no máximo 3% de dióxido de carbono em sua composição. A preocupação ambiental se deve ao fato de o CO2 ser um dos principais vilões do efeito estufa, responsável pelo aquecimento global.

“O gás natural, comparativamente aos outros combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo, tem uma vantagem, pela forma que é utilizado, ambientalmente menos agressiva. E um dos desafios do Brasil será separar o CO2 do metano, no caso do pré-sal, reinjetá-lo por razões de recuperação do petróleo, mas também evitar que esse CO2 vá até a atmosfera. Porque há o problema do efeito estufa e o Brasil tem compromissos assumidos em relação a essa questão”, afirmou o diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa, durante a inauguração do CEGN.

A cerimônia contou também com as presenças do assessor da Presidência da Petrobras, José Fantini; do gerente de Pesquisa e Desenvolvimento e Engenharia de Processos do Cenpes/Petrobras, Orlando Ribeiro; da pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRJ, Débora Foguel; do diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe, Segen Estefen; e do diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, Maurício Guedes; entre outros.

O evento foi iniciado com apresentações feitas pelo supervisor da Gerência de Tecnologia de Processamento Primário do Cenpes/Petrobras, Jailton Nascimento, que coordenará os projetos do Cenpes no CEGN; pelo professor Cristiano Borges, do Programa de Engenharia Química, que coordenará as atividades da Coppe no Centro; e pelo professor José Luiz de Medeiros, que coordenará os projetos pela Escola de Química da UFRJ.

A Petrobras investiu cerca de R$ 30 milhões no CEGN. O valor inclui as instalações do Centro e os recursos destinados aos seis primeiros projetos que o Programa de Engenharia Química da Coppe e a Escola de Química da UFRJ  desenvolverão para a companhia.

Os pesquisadores da Coppe e da Escola de Química testarão tecnologias nas quais a separação do CO2 será feita por intermédio de membranas ou por absorção e adsorção. O novo Centro, que contará inicialmente com quatro unidades piloto – duas de permeação por membranas e duas com equipamentos de absorção e adsorção –, fará estudos comparativos entre os processos de separação do dióxido de carbono, avaliará os tipos de membranas e estudará as melhores rotas de tratamento do gás natural. Os resultados das pesquisas contribuirão para a exploração dos poços da camada do pré-sal, onde o teor de CO2  do gás natural é superior ao dos reservatórios localizados em áreas menos profundas.