A decisão da Prefeitura da UFRJ de reabrir o acesso à Ponte do Saber, sob a condição de que a CET-Rio garantisse a implantação, no prazo de 30 dias, de medidas para o aumento da segurança na Cidade Universitária, ganha apoio de decanos e diretores. 

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Decisão do prefeito da UFRJ sobre a Ponte do Saber ganha apoio de decanos e diretores

A decisão da Prefeitura da UFRJ de reabrir o acesso à Ponte do Saber, sob a condição de que a CET-Rio garantisse a implantação, no prazo de 30 dias, de medidas para o aumento da segurança na Cidade Universitária, ganha apoio de decanos e diretores. 

A “74ª Reunião do Plenário dos Decanos e Diretores”, realizada na última segunda (28/5), no auditório anexo do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), debateu, entre outros temas, o fechamento da Ponte do Saber, ocorrido na última terça (22/5).

A medida foi determinada devido à ocorrência de sequestros-relâmpago na Cidade Universitária e ao aumento do fluxo de veículos externos à comunidade universitária, no interior do campus. Após o episódio, que provocou a reação do prefeito Eduardo Paes, Ivan Carmo, prefeito da UFRJ, voltou atrás e reabriu o acesso, entre as 6h e 23h, sob a condição de que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) garantisse a implantação, no prazo de 30 dias, de medidas para o aumento da segurança no campus universitário. Entre elas, estão a implantação de redutores de velocidade, fiscalização eletrônica e ações educativas. No entanto, o acesso à Linha Amarela (Portão 3) permanece fechado.

O decano do Centro de Tecnologia (CT), Walter Suemitsu, defendeu a decisão tomada pelo prefeito da UFRJ, Ivan Carmo. “A universidade não pode ser responsabilizada pelo caos no trânsito da cidade. Esse problema é do poder público”, afirmou. Já a ouvidora-geral da UFRJ, Cristina Ayoub Riche, manifestou “total apoio à Prefeitura da UFRJ”, contra a medida do prefeito municipal, que, na opinião da ouvidora, desrespeitou a autonomia universitária.

Márcio Amaral, vice-diretor do Instituto de Psiquiatria (Ipub), e Roberto Lent, diretor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), defenderam ações de Comunicação para a mobilização da opinião pública. “Devemos explicar à comunidade qual o papel da universidade e o que é a sua autonomia”, afirmou Lent.

Marco Aurélio Santana, diretor em exercício do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs), citou outro caso recente contra a autonomia universitária. Segundo o dirigente, há algumas semanas, o estacionamento do Ifcs foi fechado para a realização de obras de revitalização da Praça Tiradentes. “Temos que nos mobilizar contra a forma como o poder público municipal está tratando a UFRJ”, disse Santana.

Maurício Guedes, diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, igualmente solidarizou-se com a decisão do prefeito Ivan Carmo. “Eu participei das reuniões para a construção da Ponte do Saber e em nenhum momento esse empreendimento teve como finalidade a solução do trânsito da cidade”, lembrou.

Ivan Carmo agradeceu o apoio maciço dos decanos e diretores da UFRJ e explicou a iniciativa. “Convidamos a CET-Rio para participar da reunião que definiu o fechamento do acesso à Ponte, mas o representante da Companhia não compareceu. O subprefeito da Ilha do Governador também estava ciente da decisão e comunicou o secretário [estadual de Segurança Pública] José Mariano Beltrame da necessidade do reforço do policiamento no campus. Portanto, enquanto tiver o apoio de vocês, vou me manter firme nesta decisão”, concluiu, sendo seguido por aplausos de todos os presentes.

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