Como medida preventiva, a Prefeitura Universitária (PU) da UFRJ vai manter fechados os portões 3 e 4 (acesso pelas Linhas Amarela e Vermelha) a partir das 16h desta sexta-feira (10/2), enquanto a Polícia Militar do Rio de Janeiro permanecer em greve. A decisão envolve também o reposicionamento do patrulhamento realizado pela Coordenação de Segurança (Diseg-PU) e visa à segurança da comunidade universitária. O ingresso e saída do campus ocorrerão apenas pelos acessos (portões 1 e 2) da Avenida Brigadeiro Trompowsky, próximos, respectivamente, ao Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) e da sede da Prefeitura.
Excepcionalmente no sábado (11/2), a Diseg-PU montará um esquema especial para atender aos candidatos que realizarão o processo seletivo dos Cursos de Línguas Abertos à Comunidade (Clac). Um posto-base será montado próximo ao portão 3, que estará aberto das 7h até as 17h, para que ninguém seja prejudicado. As linhas de ônibus que passam pelo local também serão comunicadas das alterações. A partir das 17h e até o fim da greve o acesso será impedido.
“Sabemos que a decisão vai gerar algum transtorno para quem está acostumado a entrar pelos portões 3 e 4. No entanto, o nosso objetivo é ter maior controle de quem está circulando no interior da Cidade Universitária. Os portões que permanecerão abertos ficam em uma avenida que pode ser alcançada tanto pela Linha Vermelha quanto pela Avenida Brasil e próximo a eles serão instaladas bases operacionais da Diseg-PU ”, disse o prefeito Ivan Carmo.
Quem chega pela Linha Amarela deve seguir pela Linha Vermelha em direção ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro / Galeão. Quem vem da Linha Vermelha, por sua vez, em vez de pegar o acesso após a ponte estaiada, basta seguir mais 2,5 km e tomar a saída da via (à direita) logo depois do viaduto entre Bonsucesso e a Cidade Universitária. O motorista deve manter-se atento, pois é um trecho onde a via se abre também para quem segue em direção à Baixada Fluminense e à Ilha do Governador (Aeroporto Internacional).
A greve na segurança do Rio
Os bombeiros, os agentes penitenciários e as polícias civil e militar decretaram a greve das categorias às 23h30 da noite de quinta-feira (9/2). O movimento é por tempo indeterminado. Os manifestantes querem a libertação do cabo Benevenuto Daciolo e piso salarial de R$ 3.500, com R$ 350 de vale-transporte e R$ 350 de tíquete-refeição. O cabo Daciolo teve a prisão decretada pela juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar do Rio. Ele está preso administrativamente, em Bangu, acusado de praticar os crimes de incitamento à greve e aliciamento a motim.
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro também aprovou na manhã de quinta-feira o aumento dos salários das categorias de segurança em 39% entre fevereiro de 2012 e 2013. No entanto, o reajuste é considerado insuficiente. O secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, informou que o Exército disponibilizará aproximadamente 14 mil homens e a Força Nacional atuará com cerca de 300 homens para a segurança no estado.