O Olhar Vital aborda na última matéria do “Por uma boa causa” deste mês de outubro, que tratou de assuntos sobre saúde bucal, a questão da Odontologia Restauradora, com o professor Eduardo Feres, do Departamento de Clínica Odontológica da UFRJ.
“Odontologia Restauradora é um termo amplo que engloba várias disciplinas ou especialidades odontológicas, mas que, em resumo, objetiva devolver ao individuo a capacidade plena de usar o seu sistema estomatognático afetado por trauma, infecção, tumores ou defeitos congênitos”, explica o professor.
Ele completa dizendo que, em outras palavras, “quando quaisquer dos tecidos ou componentes bucais estiverem afetados, prejudicando a sua forma (estética) e/ou função, há necessidade de correções que podem ser simples ou de maior complexidade".
Restaurações dentárias de pequeno porte, como a remoção de tecido cariado e a subsequente obturação da cavidade com material restaurador estético, podem ter impacto enorme na autoestima e qualidade de vida. “Da mesma forma, correções cirúrgicas complexas muitas vezes são necessárias após procedimentos realizados para salvar a vida de um paciente afetado, por exemplo, por neoplasias (tumores malignos) que ocorrem na cavidade bucal”, explica o especialista.
A substituição de dentes, acometidos por cárie extensa ou doença periodontal avançada, quer seja através de próteses convencionais ou, mais recentemente, por implantes de titânio com forma de raízes dentárias, é procedimento rotineiro na Odontologia Restauradora contemporânea. “De qualquer modo, é importante salientar que, por mais avançada que seja a Odontologia brasileira, os métodos restauradores somente não conseguirão atender toda a demanda do país”, ressalta Eduardo Feres.
Para finalizar, o professor diz ainda que “talvez o mais importante para a nossa realidade seja a implementação de abordagens preventivas amplas, voltadas para crianças e adolescentes para que estes, um dia, venham fazer parte de uma sociedade com menos necessidades restauradoras e, portanto, com mais saúde”.