Categorias
Memória

Análise de microcistina em organismo de mamíferos resulta em dano ao fígado

Microcistina (MCYST) é a classe de cianotoxina com mais relatos de intoxicação humana. Entretanto, são poucos os estudos sobre seus efeitos em dose subletal. Na portaria 518/04, o valor máximo aceitável de MCYST total para água potável é de 1mg/L e sua forma MCYST-LR é a mais encontrada em reservatórios de água em todo o mundo.

Com o objetivo de contribuir para o conhecimento sobre os efeitos da intoxicação subletal por microcistina-LR em mamíferos, investigando alterações bioquímicas e fisiológicas, acúmulo e detoxificação, Luana Jotha Mattos do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF – UFRJ) defende sua tese. O trabalho, orientado pela professora Sandra Maria Feliciano de Oliveira e Azevedo, sera apresentado dia 22 de agosto, às 13h, na sala G1-009 no Bloco G do Centro de Ciências da Saúde (CCS-UFRJ), sob o título “Efeitos de Microcistina-Lr (cianotoxina) em doses subletais sob aspectos bioquímicos, estereológicos e fisiológicos de mamíferos”.

O estudo de Luana Jotha também descreve os danos teciduais e funcionais nos animais testados a partir de dois modelos experimentais: camundongos e ratos. Os primeiros foram injetados com dose única subletal de 45mg/Kg pc de MCYST-LR via intraperitoneal e amostrados em até 96 horas. Já os ratos foram injetados com dose única e subletal de 55mg/Kg pc de MCYST-LR via intraperitoneal e amostrados em 24 horas. Em todos os experimentos, os animais controle foram injetados com solução salina.

Os resultados obtidos com a pesquisa confirmam a persistência da MCYST no organismo após uma única exposição subletal e do dano causado por ela no fígado. Paralelamente, há alterações metabólicas e funcionais para o rim de ratos. Com isso, confirma-se a necessidade de maior preocupação em relação a exposições subletais.