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Levy ouve demandas de diretores da Praia Vermelha

Ocorreu, na última segunda-feira (20/06), às 15h, no Auditório da Decania do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFRJ, reunião com o professor Carlos Levy, futuro reitor da UFRJ. Em pauta, estiveram os rumos do campus da UFRJ na Praia Vermelha. Estiveram presentes professores e diretores de unidades sediadas no campus e nas unidades isoladas. Foram debatidas principalmente as metas para a solução dos problemas de infraestrutura das salas de aula prejudicadas pelo incêndio no Palácio Universitário e pela queda do telhado da Escola de Serviço Social (ESS) da UFRJ.

Para Marcelo Corrêa e Castro, decano do CFCH-UFRJ, deve-se criar uma nova lógica decisória para o campus. A voz da unidade não está sendo suficientemente contemplada nas grandes discussões da universidade e a comunicação com a administração central está aquém das expectativas. Os participantes da reunião quiseram saber a opinião do professor Levy sobre as demandas das unidades que optaram pela transferência para a Cidade Universitária (conforme faculta o Plano Diretor UFRJ 2020), entre elas, aquelas que estão em expansão. Também foram questionadas as condições de permanência das unidades que desejam permanecer na Praia Vermelha, mas que tiveram seu funcionamento prejudicado devido ao sinistro ocorrido no final de março, como a Escola de Comunicação (ECO) e o Instituto de Economia (IE) da UFRJ.

Questionado pela diretora da Escola de Serviço Social (ESS), Mavi Pacheco, sobre a possibilidade de utilizar parte do Canecão como espaço para o futuro restaurante universitário do campus, Levy afirmou que a utilização do espaço “envolve questões judiciais que demandam tempo”, onde ainda “deve sofrer reformas”. Para Marcia Serra Ferreira, vice-diretora da Faculdade de Educação (FE) da UFRJ, há a necessidade de um transporte mais eficiente que ligue os campi da UFRJ, já que a unidade (que pretende transferir-se para a Cidade Universitária) atende a 27 licenciaturas espalhadas pela universidade. Frederico Rocha, futuro diretor do IE-UFRJ, defende uma maior presença da Praia Vermelha nas decisões da universidade.

Segundo Levy, é necessário apontar as falhas e identificar onde se pode errar menos. “Eu vou me empenhar para que consigamos encontrar um caminho que minimize os problemas dos conjuntos de demandas”, afirmou. Sobre as obras no Palácio Universitário, o futuro reitor disse que a tramitação para as obras já estão encaminhadas e que é necessário prover espaços acadêmicos “adequados e dignos” para as unidades que precisem. De acordo com Levy, já há licitação para mais contêineres e para a implementação de casas de madeira pré-fabricas, consideradas mais baratas que os próprios contêineres. “Havendo demanda, a Praia Vermelha será atendida”, disse.

Levy ressaltou ainda que é essencial a manutenção das reuniões com a Praia Vermelha, para que “animosidades” não alcancem um tamanho “irreversível”. “Deve-se manter a regularidade dessas reuniões, mesmo quando não haja um assunto palpitante e do interesse de todos”, concluiu.