O doutor Ezra Susser, do Departamento de Epidemiologia da Universidade de Columbia (EUA), é o novo editor associado da publicação Cadernos de Saúde Coletiva. Mas essa não é a única novidade este ano para o periódico trimestral do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva.

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Cadernos de Saúde Coletiva em nova fase

O doutor Ezra Susser, do Departamento de Epidemiologia da Universidade de Columbia (EUA), é o novo editor associado da publicação Cadernos de Saúde Coletiva. Mas essa não é a única novidade este ano para o periódico trimestral do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva.

O doutor Ezra Susser, do Departamento de Epidemiologia da Universidade de Columbia (EUA), é o novo editor associado da publicação Cadernos de Saúde Coletiva. Mas essa não é a única novidade este ano para o periódico trimestral do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva  (Iesc/UFRJ). Após seis meses de trabalho, o site da publicação foi totalmente reformulado. “A gente fez de tudo para ganhar funcionalidade e melhorar a visualização dos autores e dos pareceristas. Estamos iniciando agora a submissão on-line e o nosso objetivo é conseguir ingressar no Scielo”, afirma a professora Lúcia Abelha, editora do Cadernos de Saúde Coletiva.

O SciELO – Scientific Electronic Library Online (Biblioteca Científica Eletrônica em Linha) é um modelo para a publicação eletrônica cooperativa de periódicos científicos na Internet. Ele foi desenvolvido para responder às necessidades da comunicação científica nos países em desenvolvimento e particularmente na América Latina e Caribe. “Nós estamos digitando todo o acervo, desde 1986. Mudamos nosso conselho editorial com a inclusão de colaboradores de outros países e a nossa meta é tornar a publicação bilíngue na internet, disponível também em inglês. Hoje em dia, para se existir em termos de pesquisa é preciso formar parcerias”, afirmou Lúcia Abelha.

Professores, alunos e pesquisadores em Saúde Coletiva são os principais leitores da revista. “A gente teve alguns números importantíssimos no passado que se esgotaram. Daí, a importância de haver uma edição on-line, onde é possível resgatar essas revistas”, disse a professora. Entre as edições passadas que merecem destaque estão os primeiros exemplares de 2009 e 2010, respectivamente sobre hanseníase e sobre a qualidade dos sistemas de informação em Saúde.

De acordo com a editora do Cadernos em Saúde Coletiva, há uma negociação em aberto acerca de uma parceria com a Global Mental Health Program, organização que objetiva aperfeiçoar os serviços para pessoas com distúrbios mentais pelo mundo. “A nossa pretensão é estar acessível aos pesquisadores de outros países. A publicação se propõe a publicar artigos científicos da área de saúde coletiva como um todo, que envolve várias disciplinas do conhecimento. É multidisciplinar. Uma característica que nos é particular é o interesse didático de um artigo. Não nos preocupamos apenas em aceitar ou recusar artigos, mas procuramos manter com o autor um intercâmbio para aproveitar ao máximo  experiências que são feitas no campo”, disse Lúcia Abelha. 

O periódico Cadernos Saúde Coletiva é uma publicação científica Iesc, que surgiu em 1987, pelo Serviço de Ação Comunitária / SAC do Hospital Universitário da UFRJ. O objetivo principal da publicação era difundir a produção científica do órgão, inclusive aquela advinda da implementação do Projeto Docente-Assistencial financiada pela Fundação Kellogg. Naquele momento, a revista caracterizava-se, primordialmente, por ser um boletim onde experiências locais na área da saúde pública poderiam ser relatadas. Esta vocação mostrou-se insuficiente para a manutenção da proposta original e a publicação foi interrompida a partir de 1991.  Em 1997, houve a retomada, já com outro espírito editorial, por ocasião do início das atividades do programa de pós-graduação stricto sensu (mestrado) em Saúde Coletiva do Nesc/UFRJ.

O espírito multidisciplinar conquistado na década de 1990 com a expansão de pesquisas e programas de pós-graduaçao, associado à busca de maior qualidade, legitimidade e abrangência, promoveu a retomada. Após estabelecer uma nova linha editorial, melhorar a apresentação gráfica, regularizar a circulação e ampliar o corpo editorial para garantir legitimidade científica, abrangência nacional e participação de pesquisadores internacionais,  a revista conseguiu, em 2001, ser indexada no Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde).