O jornalista Jorge Kajuru respondeu a perguntas de alunos da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ, em palestra realizada na manhã desta sexta (13/05). O evento foi organizado por Paulo Cezar Castro, professor da disciplina Técnica de Reportagem II, do curso de Jornalismo da ECO-UFRJ.
Kajuru, que atualmente comanda um programa na TV Esporte Interativo, falou principalmente sobre a Copa do Mundo de 2014, a ser realizada no Brasil, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e o "negócio" futebol, que, segundo ele, movimenta 750 bilhões de dólares ao ano. “O estádio do Corinthians (projetado para receber os jogos do torneio, na zona leste de São Paulo) vai sair, claro. Mas vão roubar o máximo de dinheiro que puderem”, afirmou. “Estão chamando o estádio de ‘Fielzão’. Só se for ‘fielzão’ ao bolso do Ricardo Teixeira (presidente da CBF) e do Andrés Sánchez (mandatário do Esporte Clube Corinthians Paulista)”, completou.
Questionado sobre a maneira como a mídia poderia exercer papel de fiscal neste momento, em que o futebol traz investimentos bilionários para o Brasil, Kajuru cita o desenhista e escritor Millôr Fernandes. “Quem quer ser jornalista esportivo agora deve ler Millôr Fernandes, que diz que ‘imprensa é oposição, o resto é armazém de secos e molhados’. Nessa Copa, a imprensa tem que exercer papel de oposição. Mas eu tenho certeza de que não vai ser assim”, conclui Kajuru.
Foto: Gabriel Demasi