O bullying, gíria em inglês que vem do termo “bully” (valentão), forma de abuso comum entre crianças e jovens no período escolar, consiste em atitudes de agressividade física ou verbal, praticadas por um ou mais indivíduos de forma repetitiva e intencional sem motivo aparente, com o objetivo de humilhar a vítima. Recentemente, a discussão sobre o assunto voltou a ganhar atenção da mídia, após a divulgação do jornal O Globo dos resultados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Informa sobre a incidência do fenômeno nas escolas do Rio de Janeiro.
De acordo com o estudo, 84,5% dos alunos entrevistados já sofreram ou conhecem alguém que tenha sofrido bullying no colégio. A situação é mais grave nas escolas municipais entre os estudantes do ensino fundamental. A pesquisa aponta ainda que há diferenças na prática do bullying de acordo com o gênero: as meninas utilizam geralmente agressões verbais que levam ao isolamento da vítima, enquanto os meninos costumam apelar para agressões físicas.
A busca por uma causa para a prática do bullying divide opiniões. Afinal, por que o bullying existe? O que leva crianças e jovens a cometerem agressões uns contra os outros? Para debater o assunto, o Olhar Virtual conversou com a professora Marta Rezende Cardoso, do Instituto de Psicologia (IP-UFRJ), e a professora Mônica Pereira dos Santos, da Faculdade de Educação (FE-UFRJ). Confira aqui.