Categorias
Memória

Projeto Novos Talentos da Rede Pública

Em 30, 31 de maio e 1º de junho, o Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ (IBqM) promove, em Paraty (RJ), mais uma edição dos Cursos de Férias para professores e alunos do ensino básico. As atividades ali desenvolvidas fazem parte do programa Rede Nacional de Educação e Ciência: Novos Talentos da Rede Pública. O evento tem como objetivo promover a discussão entre os participantes da rede e conta com a presença de cientistas convidados, que buscam estimular a criatividade através da união da Ciência com a Arte.

O programa Jovens Talentos, criado por Leopoldo De Meis – professor emérito do Instituto de Bioquímica Médica (IBqM) da UFRJ – envolve 18 universidades públicas brasileiras e tem como seu principal objetivo buscar novos caminhos para um ensino eficiente. Através do desenvolvimento de atividades que facilitam o aprendizado, profissionais tentam desmistificar a Ciência e aproximá-la de jovens de baixa renda. O professor já recebeu inúmeros prêmios por suas atividades em prol da Ciência.

Entre as inúmeras atividades desenvolvidas pelo programa, duas ações constituem a sua espinha dorsal: os cursos experimentais de curta duração e os estágios. Todas as universidades participantes oferecem, no período de férias, cursos destinados a alunos do ensino médio e professores do ensino básico da rede pública. Nessa atividade, são elaboradas experiências em diversas áreas das ciências naturais e da saúde, em geral monitoradas por estudantes de pós-graduação da instituição. Sempre partindo de um tema do cotidiano, o curso se desenrola de forma lúdica, integrando conhecimento e diversão.

Desses cursos, são selecionados alunos e professores — levando em conta o desempenho nas atividades e a condição econômica do candidato — para estagiarem nos laboratórios das universidades. Sob a orientação de estudantes de pós-graduação, os selecionados são familiarizados ao trabalho científico e ajudam seus monitores no desenvolvimento de pesquisas. Além disso, o universitário acompanha o desempenho escolar do estagiário, auxiliando-o em outras disciplinas que apresentar dificuldade. Nessa relação, ainda é possibilitado ao pós-graduando um maior contato com a realidade social brasileira. Os professores selecionados também desenvolvem trabalhos de pesquisa e, no final do estágio, devem elaborar artigos científicos para serem publicados em revistas especializadas em educação e ciência.

No período de 2009 a 2011, o total dos cursos experimentais de curta duração foi de 111: 96 para alunos e 81 para professores. Além disso, foram realizados 102 estágios para alunos e 23, para professores. Com esses dados, desde a sua criação, em 1985, já foram 2.885 alunos e 927 professores participantes, somando o total de mais de 11 mil alunos atendidos e mais de quatro mil professores envolvidos.