O auditório Rodolpho Paulo Rocco, o "Quinhentão", sediou, nesta segunda-feira (4/4), o quarto debate entre os candidatos à Reitoria da UFRJ. Nesta terça (05/04), acontece o último encontro, no pólo de Xerém.

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Candidatos debatem no maior colégio eleitoral da UFRJ

O auditório Rodolpho Paulo Rocco, o "Quinhentão", sediou, nesta segunda-feira (4/4), o quarto debate entre os candidatos à Reitoria da UFRJ. Nesta terça (05/04), acontece o último encontro, no pólo de Xerém.

 O auditório Rodolpho Paulo Rocco ("Quinhentão") sediou, nesta segunda-feira (4/4), o quarto debate entre os candidatos à Reitoria da UFRJ. Nesta terça-feira (5/4), acontece o último encontro entre os candidatos, a partir das 10h, no polo de Xerém, em Duque de Caxias.

Por ser realizado no Centro de Ciências da Saúde (CCS), o debate se demonstrou importante. Para se ter uma ideia, todos os quatro candidatos à vice-reitoria, Antônio Ledo, Léa Mirian, Maria José Coelho e Eliezer Barreiro – das chapas 10, 20, 12 e 99, respectivamente – são da área da saúde.

O debate seguiu o mesmo modelo dos eventos anteriores, dividido em cinco blocos, nos quais os candidatos expunham suas ideias. Como não poderia ser diferente, muitas questões respondidas tiveram como foco principal o destino do quadro de profissionais e as condições de trabalho no CCS que é, em termos de pesquisa, um dos mais produtivos. A aplicação da Medida Provisória (MP) 520, de 31/12/2010, que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) que tem como uma de suas finalidades gerir hospitais das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), foi uma das tônicas do debate. Espaço semelhante ocupou a MP 525, aprovada em 14/02/2011, que dispõe acerca de vagas de professores efetivos podendo ser ocupadas por professores temporários, sem a obrigatoriedade da promoção de concursos públicos.

Outros temas também entraram em pauta. Alcino Neto, da chapa 12, por exemplo, lembrou a falta de cuidado com a segurança do patrimônio da universidade em relação aos incêndios e a Biossegurança. Segundo ele, há um estudo encomendado pela atual gestão, Programa de Gestão de Riscos da UFRJ, que "jamais saiu do papel". “Entre outras coisas, o estudo tinha um programa de proteção e combate a incêndios, com treinamento de brigadas, programa de proteção de riscos ambientais em laboratórios, programa de segurança de informação entre outros”, apontou o candidato.

Ângelo da Cunha Pinto, da chapa 99, questionou o fato de Carlos Levi, da chapa 10, ter ocupado o cargo de pró-reitor durante tanto tempo sem jamais ter feito nada para evitar a cobrança nos estacionamentos das unidades e, agora, nos debates, afirmar que brigará pela gratuidade se eleito. Em resposta, Carlos Levi lembrou que a responsabilidade pela administração dos estacionamentos sempre coube às decanias dos Centros, e em respeito às práticas democráticas, jamais houve intervenção, mas instada por uma interpelação do Ministério Público, a atual Reitoria apoiou a licitação realizada no Centro de Tecnologia para explorar o estacionamento local.

Segundo Carlos Levi, no entanto, é possível planejar outro tipo de operação. “Minha intenção, e por isso assumi esse compromisso, é de fazer um esforço para, nos próximos anos, termos um modelo livre de cobrança , que poderão ser operados com catracas eletrônicas, pois já dispomos de equipamentos com essa tecnologia e com custo bastante aceitável e, portanto, será uma alternativa para a operação adequada de nossos estacionamentos”, respondeu o professor.

O candidato da chapa 20, Godofredo Neto, precisou responder a uma questão também delicada de uma das mais de 500 pessoas da plateia. De forma direta, foi questionado por que defendia a não transferência das unidades da Praia Vermelha para a Cidade Universitária, se eleito. “A Praia Vermelha não virá se ela não quiser. Se alguns acham que ela virá, se chamarem o Bope, ela não virá”, afirmou de forma jocosa para depois complementar alegando que ninguém jamais respondeu o que será feito com o terreno que vale milhões de reais. “A autonomia da unidade que quiser ficar será respeitada. É dever nosso construir salas de aula na Praia Vermelha, isso é possível e há um projeto”, destacou o candidato.

Processo Sucessório
A Comissão Coordenadora do Processo Sucessório (CPPS) informou que mesários do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) auxiliarão no uso da urna eletrônica, novidade na eleição para reitor e vice-reitor que ocorrerá entre os dias 11 e 13 de abril.

Caso haja necessidade, de 15 a 20 de abril, acontecerá a campanha de um eventual segundo turno. A votação será realizada nos dias 25 e 26 de abril, com o resultado sendo divulgado no dia 27. Finalmente, no dia 28, a CCPS apresenta o resultado da consulta ao Colégio Eleitoral (Consuni, CEG, CEPG e Conselho de Curadores) que definirá a lista tríplice a ser enviada ao Ministério da Educação, que tem, por delegação da Presidência da República,  a tarefa de escolher o futuro reitor.