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Floração de algas nocivas no Mar Báltico em debate

O Departamento de Biologia Marinha, do Instituto de Biologia da UFRJ, realizou na última terça-feira (29/3), um Seminário sobre Floração de algas nocivas no Mar Báltico. A professora Edna Graneli, formada em Biologia Marinha pela UFRJ, e especialista em algas tóxicas, expôs as causas do aumento da Floração das cianobactérias (ou algas azuis) no Mar Báltico.

“Ambientes eutrofizados são um dos fatores preponderantes para a Floração das Algas azuis. Águas com altas concentrações de nutrientes como o Nitrogênio e o Fósforo são vitais para o Bloom dessas algas”, informou a professora.

Outro motivo para o aumento da biomassa das algas tóxicas é o efeito estufa. Responsável pelo aumento da temperatura e maior quantidade de carbono presente na atmosfera, ele contribui diretamente para a maior presença dessas algas no Mar. Isso acontece porque as cianobactérias se adaptam melhor a temperaturas mais altas. A cada aumento em 1ºC da água, a Floração das Cianobactérias se acelera em um dia.

O terceiro e último fator importante a ser destacado para esse bloom das algas azuis é a sobrepesca. Com a caça de grandes peixes predadores, levando a sua consequente escassez nos mares, o número de peixes menores aumenta, distorcendo toda a cadeia alimentar. Os peixes menores, então em grande quantidade, reduzem, através da predação, animais que se alimentam das Cianobactérias.

As cianobactérias são hoje uma questão a ser enfrentada no Mar Báltico. Produtoras de cianotoxinas, elas representam uma ameaça para a economia e o ambiente local. A professora e pesquisadora Edna Graneli deixa claro que não há um único fator para a Floração: “Não é só um motivo responsável pelo bloom das cianobactérias, mas uma gama de fatores que, juntos, contribuem para este fenômeno”.