O seminário “Microterritorialidades nas cidades”,  realizado entre os dias 13 e 15 de dezembro,  foi organizado pela Escola de Serviço Social e pela Decania do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, com o objetivo de debater a realidade urbana contemporânea e a condição territorial dos pequenos agregados sociais.

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Memória

Seminário debate programas de habitação e políticas sociais

O seminário “Microterritorialidades nas cidades”,  realizado entre os dias 13 e 15 de dezembro,  foi organizado pela Escola de Serviço Social e pela Decania do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, com o objetivo de debater a realidade urbana contemporânea e a condição territorial dos pequenos agregados sociais.

Entre os dias 13 e 15 de dezembro, foi realizado o seminário “Microterritorialidades nas cidades”, no auditório Professor Manoel Maurício de Albuquerque. O evento foi organizado pela Escola de Serviço Social (ESS) e pela Decania do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), com o objetivo de debater a realidade urbana contemporânea e a condição territorial dos pequenos agregados sociais.

A mesa que debateu as múltiplas territorialidades nas cidades foi realizada no dia 15, das 13h30 às 16h30.  Passando por assuntos como a militância negra na trajetória dos movimentos sociais e a construção da ideia de cidadania em microterritórios, a mesa apresentou diferentes olhares a partir de trabalhos atuais feitos por mestrandos e especialistas no tema.

Um dos estudos mais debatidos no seminário foi o de Aldo Rezende, doutorando em Planejamento Urbano e Regional pela UFRJ. Sua pesquisa se debruça sobre os condomínios populares fechados financiados para  classes baixas. Ele critica os programas de habitação, acusando-os de não estarem preocupados em dar qualidade de moradia e de promoverem a fragmentação e a segregação socioespacial. Aldo leu um depoimento recolhido de um morador, em que ele fala: “Me sinto num campo de concentração”. O palestrante explica que isso acontece porque as pessoas ficam sob o domínio da Caixa Econômica Federal, a financiadora das casas, e são privadas de quase todos os direitos. “O direito à cidade está sendo negado”, afirma ele. “Esses condomínios fechados são espaços de confinamento de pobres.”

Luciene Rodrigues, professora da Universidade Estadual de Monte Carlos (Unimontes), e seus colegas de pesquisa fecharam as apresentações de trabalhos do seminário com estudo sobre o Índice de Desenvolvimento Familiar (IDF) como ferramenta para análise e gestão de políticas sociais numa base (micro)territorial. O trabalho alerta para o fato de que nem sempre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de um município é o ideal para guiar as políticas sociais de uma região, uma vez que, seus parâmetros não são variáveis de região para região. Para isso, as pesquisas da professora são direcionadas para a produção de IDFs em âmbitos menores, buscando o melhor entendimento dos vários microterritórios existentes em um município, suas diversidades e problemas. O objetivo, segundo ela, é “entender melhor as relações sociais nestes territórios e qualificar melhor as informações sobre o assunto.”