Foi realizada, nesta terça (07/12), a cerimônia de encerramento das oficinas temáticas oferecidas ao longo do ano pelo Centro de Referência de Mulheres da Maré Carminha Rosa (CRMM–CR), no Auditório Professor Manoel Maurício de Albuquerque. Foram entregues mais de 30 diplomas, junto com brindes e livros de receitas realizadas pelas próprias graduandas

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Centro de apoio a mulheres celebra a conclusão de oficinas

Foi realizada, nesta terça (07/12), a cerimônia de encerramento das oficinas temáticas oferecidas ao longo do ano pelo Centro de Referência de Mulheres da Maré Carminha Rosa (CRMM–CR), no Auditório Professor Manoel Maurício de Albuquerque. Foram entregues mais de 30 diplomas, junto com brindes e livros de receitas realizadas pelas próprias graduandas

Foi realizada, nesta terça (07/12), a cerimônia de encerramento das oficinas temáticas oferecidas ao longo do ano pelo Centro de Referência de Mulheres da Maré Carminha Rosa (CRMM–CR), no Auditório Professor Manoel Maurício de Albuquerque. Foram entregues mais de 30 diplomas, junto com brindes e livros de receitas realizadas pelas próprias graduandas.

Eliana Moura, coordenadora e professora do CRMM, explicou que nem todas as alunas puderam comparecer ao evento, pois muitas trabalham ou participam de outros cursos. Ao todo, são quase duas mil mulheres cadastradas. “Algumas têm mais de 70 anos e chegaram até nós porque não foram acolhidas em outros centros por conta da idade. São elas as maiores divulgadas do projeto”, afirmou a coordenadora.

Além das oficinas temáticas oferecidas, como biscuit, artesanato, culinária e guirlanda, o CRMM-CR estabelece uma carga horária mínima de 15 horas de atividades culturais para a formação do curso. As atividades incluem visitas a centros culturais, como museus, teatros e parques de toda a cidade. Para Eliana, “a visita a esses centros culturais faz com que as mulheres percebam que os locais são públicos e que elas podem entrar. Isso as faz sentir que pertencem à cidade e que a cidade também lhes pertence”.

G., de 37 anos, soube do Centro logo após perder o emprego. Ela participou de várias oficinas, como artesanato e culinária, e hoje é instrutora de biscuit. “O CRMM melhorou tudo para mim, até fez eu me valorizar como pessoa. A gente sofre muito preconceito, pelo sexo, pela cor, pelo corpo. No Centro, eles nos tratam como uma família, como iguais. Então, tudo o que eu aprendo de bom com eles, procuro passar adiante”, conta a formanda.

L., de 57 anos, descobriu o projeto quando foi a um posto de saúde próximo. Com problemas psicológicos em sua família, L. recebeu ajuda do CRMM-CR e cursou as oficinas de guirlanda e culinária, onde aprendeu a preparar comidas naturais. “Sou portadora de diabetes e, na oficina, aprendi a controlar a alimentação. Foi muito bom para mim”.

CRMM-CR

O CRMM-CR é um projeto integrante do Núcleo de Estudos em Políticas Públicas em Direitos Humanos (Nepp-DH) e tem como objetivo oferecer atendimento jurídico, psicológico e social para mulheres vítimas de violência doméstica, o que inclui desenvolvimento de ensino, produção de conhecimento e sua interlocução com a sociedade. O Centro está localizado na Vila do João, no Complexo de Favelas da Maré e está previsto para o início de 2011 a inauguração de uma unidade na Cidade Universitária da UFRJ.