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A verdade sobre o uso de absorventes internos

Com a entrada da mulher no mercado de trabalho e toda a correria da vida urbana, assim como a prática esportiva, tornou-se crucial a utilização de um tipo de absorvente que simplificasse o período menstrual: os absorventes internos. 

Solução mais eficaz encontrada, porém geram dúvidas e preocupação em mulheres e especialistas da área ginecológica. A preocupação se agravou depois que 700 casos de uma doença fatal chamada Síndrome do Choque Tóxico (SCT) foram detectados em mulheres jovens usuárias desse tipo de absorvente na década de 80, nos Estados Unidos.

Trata-se de uma infecção causada pelas bactérias Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes, que pode evoluir rapidamente e não oferece tratamento. Os principais sintomas são febre alta, cansaço, vômito, diarréia, dores de garganta e de cabeça. Além disso, nenhum exame é capaz de detectar a doença, porém na maioria das vezes os médicos excluem outras possibilidades a partir do exame de sangue, chegando ao diagnóstico da Síndrome. 

A partir de 1981, a incidência da doença diminuiu por meio de campanhas contra a comercialização dos “tampões” de alta absorção. Hoje, a Síndrome do Choque Tóxico é considerada uma doença rara.

Uso de absorventes internos é seguro

O ginecologista Renato Ferrari, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), tranquiliza as mulheres em relação ao uso de absorventes internos: “o uso correto dos absorventes internos, trocando-os frequentemente, geralmente, não está relacionado a doenças, com exceção da SCT, o que é raro. Portanto o absorvente interno pode ser usado com segurança seguindo as orientações e apenas quando a mulher estiver menstruada”, afirma o especialista.

Uma das marcas mais famosas de absorventes internos publicou em seu site oficial que não há perigo, se houver troca dos absorventes em menos de oito horas e a utilização do tamanho ideal para o fluxo de menstruação, ou seja, nunca utilizar um absorvente maior do que o necessário. Segundo o ginecologista, não há estudos que comprovem se essas medidas de prevenção são realmente eficazes ou não, portanto, o ideal é sempre seguir as orientações da marca.