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Incubadora da Coppe apresenta simuladores de voo

A Virtualy, empresa da incubadora do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), apresentou na última quarta-feira (14/4) os primeiros simuladores de voo completamente produzidos por tecnologia nacional. A parceira pioneira com o Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce-Coppe) permitirá aos pilotos de aviões bimotores de pequeno porte fazer treinamento de pane e manobras com pouca visibilidade. O primeiro simulador será finalizado até o final de maio, quando pedirá a certificação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Gerson Cunha, sócio-diretor da Virtualy e pesquisador da Coppe, apresentou primeiramente o simulador Flight Training Device (FTD). O modelo é o primeiro da categoria de aviões de pequeno porte em operação no Brasil. Ele conta com três projetores de alta qualidade para imagens e caixas de som nos assentos, para simular sons em diferentes locais. Apesar de replicar a cabine de um avião Let 410, pode ser usado para a simulação de qualquer avião de pequeno porte. Além de todas essas qualidades, o outro modelo apresentado, chamado de Full Flight, consegue se mover igual a uma aeronave durante o voo.

Economia em treinamento

Peças originais são usadas na parte externa de ambos os simuladores, mas para reduzir custos todo o interior foi produzido pela equipe da Virtualy. Após receber a certificação da Anac os equipamentos serão os primeiros da América Latina a serem utilizados para o treino de pilotos, acarretando economia para a indústria de aviação civil nacional, que não precisará arcar com os custos do treinamento obrigatório de equipes inteiras no exterior, já que é uma exigência da Anac.

De acordo com Mario Moreira, presidente da empresa TEAM, representante brasileira da fabricante do avião Let410, “os equipamentos são importantes, pois é uma tecnologia inédita no país. Durante muito tempo se pensou que usar simuladores era perder tempo de voo, e que por isso essa tecnologia era inútil. Mas hoje se sabe que a simulação de voo pode economizar cerca e um terço das horas de voo do treinamento de um piloto”.
 
O equipamento vai realizar testes que não podem ser feitos com aviões reais. Alguns dos testes de pane como de problemas no motor, por exemplo, poderiam avariar as aeronaves e por isso eram realizados em solo. O Brasil possui uma frota de 12 aviões Let410, produzido pela empresa Let Aircraft, maior do ramo na República Tcheca. Três deles pertencem a empresa carioca TEAM.