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Palestra sobre Eventos Adversos Pós-Vacinação contra o H1N1

O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) realizou, na última terça-feira (23/03), uma palestra via videoconferência a respeito das estratégias de monitoramento dos Eventos Adversos Pós-Vacinação, chamados EAPV, referente à campanha de vacinação contra a Influenza Pandêmica (H1N1), iniciada no dia 8 de março com a vacinação de profissionais de saúde e indígenas e que iniciou no dia 22 a sua segunda fase, que visa a vacinar gestantes e doentes crônicos.

Para ministrar a palestra foi convidada a representante da coordenação geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Sandra Maria Deotti Carvalho, que buscou principalmente enumerar os diferentes efeitos colaterais que a vacina pode acarretar e explicar a frequência de suas ocorrências.  

“Há necessidade de um monitoramento rigoroso dos EAPV, principalmente em alguns grupos de vacinação mais sensíveis, como o das gestantes, que sofreriam muito mais com os efeitos adversos”, explica Deotti. Na segunda etapa da vacinação, que envolve as grávidas, serão tomados cuidados especiais, como registro da vacinação no Cartão de Gestante e incentivo do Ministério da Saúde para que se vacinem gestantes em qualquer época de gravidez.

Efeitos colaterais

Alguns dos principais EAPV enumerados pela palestrante foram dores, endemas, fadiga, cansaço, febre, vômito e muito mais raramente efeitos graves como anafilaxia, síndrome de Guillain-Barré e até mesmo óbito súbito. Os principais países que notificaram EAPV da H1N1 foram a Holanda, que aplicou doses de insulina ao invés da vacina da gripe, o Canadá, que registrou um número elevado de anafilaxia após a vacina, e os Estados Unidos, que notificou um grande número de EAPV leves. No Brasil, até o dia 22 de março, já haviam sido vacinadas cerca de 1.800.000 pessoas e somente foram notificados 74 casos de EAPV.

Sandra Deotti atenta para o grave problema dos rumores, que dizem diversas atrocidades a respeito da vacina contra o H1N1 e diminuem o número de vacinados. “Estamos na luta para derrubar tais rumores para que preserve o sucesso da vacinação contra o H1N1 no Brasil”, diz a palestrante.