O professor André de Melo Modenesi, do Instituto de Economia da UFRJ (IE-UFRJ), apresentou, nesta terça-feira, 20 de outubro, o seminário “Convenção e Rigidez na Política Monetária: uma estimativa da função de reação do Banco Central do Brasil (2000-2007)”, como parte dos Seminários de Pesquisa promovidos pelo IE.
Com o advento do Plano Real, em 1994, interrompeu-se o longo processo de alta inflação registrado no país desde a década de 1960. Porém, as taxas de juros se mantiveram elevadas como forma de compensação do déficit em conta-corrente, que chegou a US$ 35 Bilhões em 1998.
A pesquisa do professor Modenesi avalia a condução da política monetária no Brasil, após a flexibilização cambial advinda do Plano Real e a consequente adoção do regime monetário de metas de inflação (RMMI), em 1999. “O processo de determinação da taxa de juros é sistematizado por meio de uma estimação da regra de reação do Banco Central do Brasil”, afirma o pesquisador em seu estudo. “A adoção de uma regra para a taxa de juros é peça fundamental do Novo Consenso em Política Monetária (NCPM), caracterizado pelo reconhecimento, (…), de que a base monetária é endogenamente determinada pelo Banco Central (BC) – que se comporta como um fazedor de preços no mercado de reservas bancárias.”