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O migrante trabalha mais no Rio de Janeiro

Pesquisa realizada pela aluna de Geografia Camila da Silva Viera concluiu que a população migrante tende a trabalhar mais horas que a população nativa da cidade. O levantamento apresentado nessa quinta-feira (8/10), na XXXI Jornada de Iniciação Científica da UFRJ, mostra também que a média semanal da jornada é superior à legislação trabalhista.

Com uma análise quantitativa dos migrantes no mercado de trabalho, inclusive dos recentes (aqueles que estão aqui no máximo há dois anos), a aluna revelou dados que apontam um crescimento do percentual de migrantes que trabalham mais de 49 horas semanais. “Os migrantes trabalham mais do que a população nativa do Rio”, declarou Camila Vieira.

Camila destacou ainda o aumento da quantidade de migrantes nos serviços domésticos, consequência da chegada de mais mulheres ao Rio de Janeiro. Espacialmente existe  maior concentração de migrantes ocupados em serviços domésticos nas regiões interiores da baixada de Jacarepaguá, onde os moradores dos grandes condomínios da Barra e do Recreio vão buscar mão de obra.

A maior parte dos migrantes ocupados com a produção de bens e serviços industriais se instala nas áreas periféricas da Zona Oeste, como Campo Grande e Santa Cruz. O estudo foi orientado pela professora Olga Maria Schild Becker.