Dar novas possibilidades de uso à fibra da casca de coco. A aluna Liz Contino Vianna de Aguiar, do curso de Engenharia Química, mostrou, durante a XXXI Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, nesta terça-feira (6/10), na Decania do Centro de Tecnologia, que o recurso abundante no Brasil pode ter grande valor no mercado.
“A fibra de casca de coco possui um alto potencial. É barata, resistente e não tóxica. Porém, no Brasil, só é utilizada para o estofamento de sofás. Nesse trabalho, quero mostrar que através de modificações químicas ela pode ganhar novas e mais interessantes possibilidades de uso”, destaca Liz, orientada pelos professores Fernando Gomes de Souza Junior e Ricardo Cunha Maciel.
Através de técnicas de polimerização in situ são geradas na superfície da casca de coco nanopartículas de polianilina, um polímero de alta resistência e condutividade. A transformação cria sensibilidade à compressão e à temperatura, levando a novas utilizações.
“Esse material passa a poder ser usado no campo de sensores de pressão e temperatura, muito úteis para o desenvolvimento de dispositivos inteligentes. Como a matéria-prima é de fácil acesso, essas novas tecnologias poderiam ser barateadas e universalmente difundidas”, finalizou Liz.