O aumento da temperatura em determinados pontos do Rio pode deixar as pessoas mais sujeitas às doenças cardíacas. Foi o que descobriu o trabalho do aluno de Meteorologia Victor Hugo Pezzini de Meireles, apresentado nesta quarta, dia 7. A pesquisa intitulada “Estudo das Ilhas de Calor na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) Usando Dados do Radiômetro AVHRR do Satélite NOAA-14” foi orientada pelo professor José Ricardo de Almeida França. Meireles dividiu a RMRJ em sub-regiões e acompanhou a temperatura do solo em determinadas áreas entre outubro de 2005 e maio de 2007.
O estudo foi motivado pela influência que as ilhas de calor têm sobre os moradores das regiões estudadas, podendo causar alterações na saúde. “O aumento da temperatura pode deixar as pessoas mais sujeitas às doenças do coração. Ilhas de calor é o fenômeno em que a temperatura de determinada superfície é maior que nas áreas circunvizinhas. Isso se dá principalmente por causa da mudança da utilização do solo e das propriedades reflectivas da superfície”, explicou .
De acordo com a análise dos dados coletados, o estudante identificou ilhas de calor principalmente na região do Centro do Rio de Janeiro, Leopoldina, Grande Méier e Bangu. “Nessas regiões foram observados picos com temperaturas mínimas de 30ºC durante a tarde”, comentou. Victor pretende ainda comparar essas informações com medidas futuras feitas em outros sensores.