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Soluções para crescimento do consumo de energia

O aumento do consumo de energia no país levou a estudante Carla da Gama Soares Gomes a realizar estudo comparativo entre matrizes energéticas e revelar que fontes renováveis e limpas são pouco exploradas. O trabalho, orientado pela professora Carmem Lucia Tancredo Borges, foi apresentado nessa quinta-feira (8/10) na Decania do Centro de Tecnologia, durante a XXXI Jornada de Iniciação Científica.

Comparando as características de algumas fontes de energia, Carla avaliou o custo de produção de cada matriz e os impactos ambientais. “No Brasil, as usinas hidrelétricas aparecem como a fonte de energia mais utilizada. Nesse caso, o potencial hidráulico do rio é aproveitado para a produção de energia. É uma boa alternativa, já que é uma energia limpa e renovável; porém, o custo de implantação é alto”, explicou Carla. Além disso, a instalação de hidrelétricas gera uma série de impactos ambientais, como inundação de áreas florestadas e deslocamento de populações.

Carla ressalta que ainda existem muitas fontes renováveis e limpas que são pouco exploradas. Um exemplo é a energia produzida a partir de biomassa. “Utiliza-se a matéria orgânica como matéria-prima para a transformação. Dessa forma, a produção acaba se tornando barata.”

No Laboratório de Tecnologia Submarina da Coppe/UFRJ também está sendo desenvolvido um projeto de energias alternativas. Nele, ondas do mar seriam convertidas em energia elétrica. “Com o aumento da demanda é necessário existir uma diversificação nas matrizes energéticas. Nesse contexto, o uso de novas fontes é imprescindível”, atestou Tiago Machado Monteiro, aluno de mestrado da Coppe, que também apresentou um estudo sobre o projeto na quinta-feira, durante a Jornada.

A partir da análise de cada uma dessas matrizes, a estudante Carla da Gama Soares Gomes chegou à conclusão: “É difícil apontar uma alternativa para atender a crescente demanda por energia no mundo. Muitas vezes aquela mais limpa não é a mais economicamente viável. Um exemplo claro é a hidrelétrica que, apesar de não-poluente, requer muitos investimentos na implantação”.