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Estudo de células-tronco a partir do sangue menstrual

Nesta quarta (7/10), o trabalho “Células derivadas do sangue menstrual: uma nova fonte de células-tronco mesenquimais?” foi exposto por Karina Dutra Asensi, aluna de iniciação científica do Laboratório de Cardiologia Celular e Molecular – do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCF) – durante a XXXI Jornada de Iniciação Científica (JIC) da UFRJ. A apresentação aconteceu no corredor principal do Centro de Ciências da Saúde (CCS).

“As células-tronco possuem capacidade de autorenovação, são indiferenciadas e podem dar origem a células de diversos tecidos”, explica Karina. Segundo ela, há uma separação, de acordo com a origem das células-tronco, entre embrionárias e adultas. Dentro do grupo das adultas, existem as mesenquimais, capazes de originar somente células do folheto embrionário. Elas dão suporte ao tecido em que se encontram. No estudo, a aluna tentou obter esse tipo de célula no sangue menstrual.

De acordo com Karina, a cada ciclo menstrual, há intenso crescimento de vasos sanguíneos e regeneração do endométrio, o qual é eliminado em cada ciclo em um fenômeno chamado menstruação. Devido à alta taxa proliferativa desse tecido, a hipótese do trabalho é que exista uma população de células-tronco que pode ser isolada a partir do sangue menstrual. O objetivo do estudo foi isolar, cultivar, caracterizar e diferenciar as células humanas derivadas do sangue da menstruação.

“A própria mulher coleta seu sangue, coloca em um pote com anticoagulante e antibióticos, e nós cultivamos. Essas células aderem ao plástico de cultura, característica das células-tronco mesenquimais”, explica a pesquisadora. Concluiu-se que as células mesenquimais humanas derivadas do sangue menstrual são uma nova alternativa para cultivo e é possível estudar suas aplicações.