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Avaliação da Atividade Antimicrobiana em Curativos

No terceiro dia das apresentações dos projetos da Semana da Jornada de Iniciação Científica, foi apresentado o trabalho “Avaliação da Atividade Antimicrobiana em Curativos Impregnados com PHMB”, das alunas Juliana de Oliveira e Advi Moraes, da Faculdade de Enfermagem da UFRJ.

Segundo as alunas, produtos antissépticos ou desinfetantes à base de polihexametileno de biguanida (PHMB) tem sua eficiência garantida em função do caráter catiônico de suas moléculas. O caráter catiônico das PHMB deve-se aos grupamentos biguanida que, quimicamente, se assemelham à junção dos dois radicais guanidil, presentes no aminoácido arginina ou na base nitrogenada guanina.

O trabalho procurou avaliar o potencial antibacteriano presente na malha de um curativo impregnado com PHMB. Uma amostra do curativo foi cedida pela empresa Walkmed Produtos Médicos Ltda. Nos ensaios, o tecido do curativo foi cortado em porções de 50 mg e cada pedaço, depois de removido de sua camada protetora, foi submetido ao processo de extração aquosa do princípio ativo. Na extração usou-se diferentes volumes de água, de 1mL a 40mL.

Os resultados mostram que cada pedaço de 0,5g do curativo contém o agente antibacteriano numa concentração que é efetiva até quando diluída numa faixa entre 5 e 10 mL. Entretanto, o pedaço do curativo retém o antisséptico, mesmo quando mantido em 40 mL de água.

Os resultados mostraram que as moléculas de PHMB podem ser utilizadas em curativos, aplicados como cobertura, quando o volume total do exudato está na faixa entre 5 e 10 mL, volume este para o qual o curativo mantém o efeito antisséptico.