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Avaliação Anti-inflamatória do Babaçu

Dando continuidade à semana da Jornada de Iniciação Científica, foi apresentado na quarta-feira (07/10) o trabalho “Avaliação da Atividade Antinociceptiva e Anti-inflamatória dos Extratos de Folhas da Orbygnia speciosa Mart. (BABAÇU)”, no Auditório de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O projeto, que contou o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), foi desenvolvido por Thais Sardella, aluna da Faculdade de Farmácia da UFRJ, e orientado pela professora Patricia Dias Fernandes, do Laboratório de Farmacologia da Inflamação e do Óxido Nítrico, do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ.

A Orbygnia speciosa Mart. pertence à família botânica Palmae. É uma palmeira nativa brasileira, popularmente conhecida como babaçu, e encontrada nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste de grande valor etnofarmacológico e econômico. O fruto do babaçu tem sido popularmente utilizado em inflamações, feridas crônicas, colites ulcerativas, cólicas menstruais, artrite reumatoide, leucemia e tumores.

O trabalho teve como objetivo investigar os extratos das folhas de O. speciosa Mart. quanto às suas ações antinociceptivas e anti-inflamatórias. As folhas do Babaçu foram submetidas a sucessivas extrações com solventes de polaridades crescentes, originando os extratos etanólico (E), hexânico (H), diclorometano (D) e acetato de etila (AE).

Camundongos Swiss machos foram tratados via oral com os extratos das folhas de O. speciosa Mart. nas doses de 10 e 100 mg/Kg e avaliados no teste de contorções abdominais e teste de formalina.

No teste de contorção abdominal induzida por ácido acético, os animais tratados com os extratos E das folhas de O. speciosa Mart., na dose de 10 mg/Kg, apresentaram significativa redução do número de contorções abdominais. No teste de formalina, os animais tratados com os extratos AE, na dose de 100 mg/Kg, tiveram os resultados mais significativos, apresentando os menores tempos de lambedura.

De acordo com a pesquisa, o trabalho mostrou que os extratos AE e D das folhas de O. speciosa apresentam atividade antinociceptiva periférica, como sugerem os dados obtidos no teste de contorções abdominais e no teste de formalina, cuja redução do tempo de lambedura indica uma possível atividade anti-inflamatória desses extratos.