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O potencial de tratamento do chorume

Avaliar o potencial de tratamento do chorume (ou lixiviado) após a remoção da amônia para verificar se a substância é o único composto que influencia o tratamento biológico do líquido formado pelos resíduos: esse foi o objetivo do trabalho de Thaissa Pereira da Silva, apresentado nesta terça-feira (06/10) durante a XXXI Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, na Decania do Centro de Tecnologia.

“Existe uma preocupação com os resíduos produzidos nos lixões. O chorume contém altas concentrações de nitrogênio amoniacal, uma substância altamente tóxica, que compromete o tratamento biológico do lixiviado nas estações”, explicou Thaissa. Dessa forma, a amônia presente no chorume é removida em uma etapa prévia ao tratamento biológico.

Para verificar se a amônia é o único composto que influencia o tratamento biológico do chorume, Thaissa utilizou dados de uma pesquisa feita anteriormente e dividiu seus testes em duas etapas. “Na primeira, removi a amônia através da tecnologia de arraste de ar. Em seguida, realizei o tratamento biológico em dois reatores”, explicou o procedimento.

Os resultados mostraram que, além da amônia, outros componentes do chorume influenciam em sua toxicidade, como, por exemplo, a presença de substâncias orgânicas recalcitrantes. “Pude concluir que a remoção do nitrogênio de amônia pode ser até eficiente, mas não influencia totalmente o potencial de tratamento do lixiviado”, finaliza a estudante de Química, que foi orientada por Juacyara Carbonelli Campos e Lídia Yokoyama.