Nesta quarta-feira, 16 de setembro, o Auditório Manoel Maurício de Albuquerque, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), da UFRJ, abriu suas portas para pesquisadores e profissionais debaterem os rumos da animação e da realidade virtual na primeira edição do AnimaECO. “Essa é uma confraternização que mistura a prata da casa com ‘pesos pesados’ da área da animação para mostrar o que acontece dentro e fora da universidade”, definiu a professor Cristina Haguenauer, coordenadora do Laboratório de Pesquisa em Tecnologi as da Informação e da Comunicação (LATEC) e organizadora do evento. Para ela, a ideia é chamar a atenção dos alunos para o mercado da animação, que está se abrindo para todas as áreas da comunicação, especialmente à Publicidade e à Propaganda.
O primeiro dia de evento contou com quatro painéis seguidos por uma mesa redonda sobre animação, com a mediação do professor Aurélio Nogueira, da Escola de Belas Artes (EBA), da UFRJ. Durante a abertura, houve o lançamento do portal AnimaECO e da oficina online de animação, disponível até o dia 30 de setembro no portal do LATEC ( www.latec.ufrj.br). Em seguida, houve a participação do professor Fábio Forti, da Universidade Veiga de Almeida (UVA), que apresentou o curso técnico de Design Gráfico, Ilustração e Animação 3D da UVA. Segundo Forti, a animação brasileira evoluiu bastante nos últimos anos, porém, “mais interessante do que tentar copiar o Mangá, a Disney ou a Warner é criar um estilo próprio, nacional.”
O segundo palestrante foi pesquisador Gabriel Fernandes, doutorando em realidade aumentada, um dos muitos sistemas que integram o campo de realidade virtual. Fernandes falou sobre as dificuldades que o artista de animação enfrenta ao tentar conciliar o trabalho artístico com a técnica de animação, principalmente na criação de jogos virtuais. “Quanto mais fácil é fazer um programa ou jogo, mais fraco fica o resultado. Por isso, é preciso desenvolver ferramentas que modulem os jogos em blocos de comportamentos ” Explicou o pesquisador, que também comentou o conceito de realidade aumentada. “A realidade aumentada ocorre quando informações são acrescentadas àquilo que vemos, utilizando, por exemplo, visores com telas em LCD e câmeras para incrementar as imagens reais com tabelas, gráficos ou animações.”
O evento também contou com a participação do artista de animação Rodrigo Andrade, da Escola de Animação e Computação Gráfica Azimut, que mostrou o passo a passo de criação e de animação em um personagem de computação gráfica. As atividades terminam nesta sexta-feira, no campus da Praia Vermelha da UFRJ.