Categorias
Memória

Compreendendo a Bolívia, sem reducionismos e lugares-comuns

Os pesquisadores do Laboratório de Estudos do Tempo Presente (Tempo/UFRJ) Daniel Chaves, Miguel de Sá e Rafael Araújo lançam, no dia 15 de setembro, às 13h, na XIV Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, na ilha "Letras de Niterói", o livro Bolívia – passos das revoluções, pela editora Muiraquitã. Os autores traçaram um objetivo diagnóstico da crise política boliviana de 2007, que se estendeu por 2008 e cujas raízes históricas remontam aos anos 1950.

O livro mostra um país plural, heterogêneo e marcado por profundas desigualdades sociais, bem como pelo racismo contra os povos indígenas: quíchuas, aimarás, guaranis, tratados pela elite como "Los índios de m…". Os índios teimaram em resistir, transformando a si e aos outros, a despeito da opressão, para finalmente chegarem ao poder do Estado, processo esse que não esgota a luta histórica.

Daniel Chaves, Miguel de Sá e Rafael Araújo buscam nessa obra, escrita a seis mãos, desfazer mal-entendidos, questionar análises apressadas e apresentar contribuições que destoam do senso comum sobre o tema, que teve grande destaque na imprensa, após a nacionalização dos hidrocarbonetos em 2006.  Um destaque desafortunadamente acompanhado de superficialidade e preconceito no trato com a informação factual e histórica. O livro é boa informação para quem foi (des)informado a respeito da Bolívia e suas lutas sociais.