Evento trouxe rappers, grafiteiros e artistas de rua para a universidade.">Evento trouxe rappers, grafiteiros e artistas de rua para a universidade.">
Categorias
Memória

UFRJ abre as portas para a cultura popular contemporânea

Evento trouxe rappers, grafiteiros e artistas de rua para a universidade.

O campo de futebol do campus da Praia Vermelha foi palco da diversidade cultural no 4º Encontro de Cultura Popular Contemporânea, nessa terça-feira, 1º de setembro. Uma iniciativa do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ em parceria com o Pontão da ECO, o evento reuniu rappers, grafiteiros e artistas de rua debaixo da mesma lona. “A ideia do evento é tirar a cultura popular da margem do mundo acadêmico e fazer os estudantes terem uma experiência mais interativa com a mesma”, afirmou a produtora cultural do evento, Valdelice Souza, do Fórum de Ciência e Cultura, acrescentando: “A cultura popular não vive dentro de uma sala de aula, ela está a rua.”

Logo na entrada, uma placa traduzia o espírito do encontro em uma palavra: “escute”. E o que não faltou foi o que escutar. Além da apresentação dos DJs, houve uma batalha de rap e um show do rapper Bnegão, uma parceria com a Central Única das Favelas (CUFA). Outra atração a subir no palco foi o grupo de street dance Bboys.

O encontro dessa terça-feira também foi uma oportunidade para ver a execução de várias formas de cultura popular, como os grafites desenhados nos muros do Campinho, a oficina de serigrafia ministrada por estagiários de programação visual da UFRJ e a exposição dos artesãos da comunidade Pereira da Silva, que recriam o cenário da favela usando apenas tijolos e tinta. A ideia partiu dos irmãos Neursilan e Maicon, que começaram fazendo maquetes com restos de azulejos, “como um castelo de cartas”, segundo um dos artistas participantes. As obras retratam a rotina dos moradores, reproduzindo até mesmo os bailes funk, e já foram expostas até mesmo na Europa.