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Tecnologia da Petrobras abre portas do mercado da Índia

Referência internacional na exploração de petróleo em águas profundas, a Petrobras tem uma participação cada vez mais efetiva no setor energético mundial. Em 2007, a estatal brasileira chegou até a Índia através de uma parceria com a Oil and Natural Gas Corporation (ONGC), maior empresa indiana do ramo. Na quinta-feira (13/8), o coordenador do projeto na Petrobras, Rodrigo Dambros Lucchesi, explicou um pouco mais sobre esse acordo e o trabalho realizado no país asiático, em mais uma palestra do Índia em Foco, evento realizado pelo Centro de Tecnologia da UFRJ.

A parceria surgiu com a identificação de interesses comuns entre as duas estatais. Enquanto a ONGC aliou-se à Petrobras por sua reconhecida excelência na exploração e produção em águas profundas, a companhia brasileira buscou o grande mercado indiano. “A Índia é sedenta por petróleo, pois a produção está estagnada enquanto o consumo cresce junto com a população. Eles precisam importar cerca de 70% do petróleo que consomem, o que torna o país uma janela muito interessante para a atuação da Petrobras”, explicou Rodrigo.

Petrobras e ONGC permutaram alguns pontos de exploração em águas profundas tanto lá como aqui com participação minoritária. “A Petrobras organizou um grupo de trabalho responsável por analisar os blocos oferecidos e selecionar aqueles com maior potencial geológico e comercial. O mesmo ocorreu com a ONGC. Após aprovação interna nas empresas, o contrato foi assinado”, relatou Rodrigo. Assim, o Brasil começou a atuar na Costa Leste da Índia, em blocos localizados nas províncias de Krishna Godavari e Mahanadi.

O pioneirismo na exploração de petróleo em águas profundas é da Petrobras, que hoje é líder mundial no setor. Até 2020, a meta é tornar-se uma das cinco maiores empresas de energia do mundo. “A Petrobras evoluiu na capacidade de exploração em águas profundas ao longo de sua história. Em 1977, nossos poços alcançavam aproximadamente 100 metros de profundidade. Agora, para 2010, já planejamos produzir a 3 mil metros em poços nos EUA”, finalizou Rodrigo.