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Seminário aborda importância da conscientização sexual na escola

Evento, que faz parte do projeto Diversidade sexual na Escola, visa conscientizar profissionais de educação sobre a orientação sexual.

A abertura do seminário Educação, Sexualidade, Gênero e Diversidade foi realizada na noite da última terça, dia 11, no Salão Dourado do Fórum de Ciência e Cultura (FCC/UFRJ), no campus da Praia Vermelha. Participaram do evento Alexandre Bortolini, coordenador do projeto Diversidade Sexual na Escola, José Leonídio Pereira, coordenador do programa Papo Cabeça da UFRJ, e o convidado Paulo Maurício Meira da Silva, subsecretário municipal de Políticas da Sexualidade, de Maricá (RJ). O evento prossegue até esta quinta, dia 13, no FCC/UFRJ.

O projeto Diversidade Sexual na Escola é uma realização da UFRJ, vinculado ao programa Papo Cabeça, financiado pelo Ministério da Educação com o objetivo de realizar atividades de formação e sensibilização junto a profissionais de educação da rede pública e estudantes da educação básica, além do desenvolvimento de materiais de orientação para educadores.

José Leonídio abordou a experiência do programa Papo Cabeça nas escolas públicas, desde a sua concepção original baseada na relação heterossexual, conscientizando jovens mães na Maternidade-Escola da UFRJ, até seu desenvolvimento para abranger todas as vertentes, incluindo a homossexualidade. Alexandre Bortolini, outro participante, apresentou algumas ações do projeto Diversidade Sexual na Escola, como as peças de teatro interativas, que discutem temas como homofobia. Ele também exibiu depoimentos de travestis e transexuais relatando suas experiências como vítimas de preconceito. "No seminário vamos refletir sobre qual o lugar da universidade, do educador e dos gestores públicos na discussão sobre educação e sexualidade”, anunciou. Já Paulo Maurício explicou como o projeto se tornou bem-sucedido na cidade de Maricá, a partir da parceria com a prefeitura local.

Ciência e sexualidade

A primeira mesa do evento, intitulada “Ciência e Sexualidade”, teve a presença do médico Antonio Quinet, doutor em Filosofia e professor de mestrado em Psicanálise, Saúde e Sociedade da Universidade Veiga de Almeida (UVA). O psicanalista tratou de conceitos como homoterrorismo (repressão muito forte ao homossexual) e autorrecriminação do homossexual a partir de uma repressão originada na família.

Quinet analisou também a escolha da sexualidade, baseando-se nos princípios psicanalíticos de Freud. A opção sexual, segundo ele, não define uma pessoa. “Não há a possibilidade de se estabelecer uma regra da gênese da escolha sexual”, afirmou.