Apesar de reconhecer que não é um paraíso, o campus da UFRJ na Cidade Universitária também não é o inferno pintado pelos veículos de comunicação cariocas em relação à violência. Foi o que defendeu o prefeito da UFRJ, Hélio de Mattos, em palestra para os novos estudantes de Engenharia da universidade, realizada na tarde desta quinta, dia 20, no Centro de Tecnologia (CT).
Com dados e números, o prefeito mostrou os investimentos que estão sendo realizados na segurança da Cidade Universitária desde 2004, principalmente em três áreas: monitoramento por câmeras, controle de acesso de veículos e patrulhamento ostensivo. Segundo Hélio de Mattos, cerca de R$ 2 milhões estão sendo aplicados na reforma dos pontos de iluminação em todo o campus, que passarão a ser mais abrangentes.
“Temos seis viaturas que fazem uma ronda nos 4,6 milhões de quilômetros quadrados de área que compreendem o campus, que equivale aos bairros de Ipanema e Leblon juntos ou Copacabana. É uma área grande para policiar e temos feito pedidos ao governo federal para contratar mais vigilantes por concurso. No entanto, gastamos R$ 15 milhões com segurança privada que guarnece todos os prédios da UFRJ”, disse.
Segundo o prefeito, de acordo com as estatísticas registradas nos últimos anos, é possível até dizer que a universidade é mais segura que outros pontos da cidade do Rio de Janeiro. “O controle de acesso e as câmeras são ferramentas fundamentais para manter a segurança, mas contamos com o apoio da Polícia Militar e da comunicação de todos”, afirmou, para depois divulgar o telefone 2598-1900, que atende aos chamados sobre quaisquer tipos de problemas em qualquer horário.
Para a estudante do curso de Engenharia Mecânica Raquel Azeredo, a palestra trouxe um pouco mais de tranquilidade, já que ela sempre vivia apreensiva. “Vivo em Niterói e minha família sempre questionou o fato de eu estudar na UFRJ, já que tinha passado para uma universidade pública em minha cidade. Percebi que as coisas estão melhorando e passei a entender melhor como funciona tudo”, comentou.
Outros que ficaram satisfeitos com os dados apresentados foram os estudantes de Engenharia Civil Pedro Felipe Gomes de Oliveira e Jéssica Carvalho. “Se os números apresentados estão todos certos, é bem melhor que eu esperava”, disse. Já Jéssica acha que quanto mais informações sobre o assunto melhor: “Eu achava que sair daqui à noite seria bem pior, mas vi que não é bem assim”.