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Diagnóstico da Cadeia Produtiva do Turismo

O seminário "Turismo e Desenvolvimento Local", realizado pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) do programa de extensão universitária do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), juntou, nessa segunda, 17/08, docentes de várias universidades, como a federal do Rio de Janeiro, Paraná (UFPR), Amazonas (UFAM) e a estadual de Campinas (Unicamp), para abordar as bases do desenvolvimento do diagnóstico da cadeia produtiva de turismo das cidades envolvidas no projeto de Incubação de Empreendimentos Econômicos Solidários (EESs). O evento aconteceu  no Salão Pedro Calmon, do Fórum de Ciência e Cultura.

O Ministério do Turismo, juntamente com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), do Ministério da Ciência e Tecnologia, pretende enviar incentivos econômicos de financiamento de acordo com os diagnósticos entregues e após provado o potencial das cidades para a economia turística. O programa surgiu baseado na experiência bem-sucedida da Coppe–UFRJ no nordeste.

Em 2006, a Coppe deu início a um projeto de desenvolvimento da economia local, a partir da incubação – suporte à formação e ao desenvolvimento – de EESs, em quatro localidades com grande potencial turístico: Lençóis Maranhenses, Delta do Parnaíba, Jeriquaquara e Serra da Capivara. O projeto aconteceu até 2008, culminando, ao final do processo, na independência das empresas incubadas. Essa experiência contribuiu para uma mudança considerável na visão do arranjo produtivo da área econômica do turismo na parte estrutural, passando a levar em conta desde a alimentação dos turistas até a limpeza de hotéis.

Segundo Rodrigo Ramiro, coordenador de Projetos de Estruturação do Turismo em Áreas Priorizadas, do Ministério do Turismo, que falou sobre as especificações necessárias ao diagnóstico e os desafios que poderão ser encontrados para sua feitura, não seria necessária uma descrição exaustiva de todas as atividades econômicas da região, mas sim a explicação situacional do cenário socioeconômico. Ramiro  também falou sobre o trabalho  da Universidade Federal do Paraná, em Foz do Iguaçu, que usa  uma série de parceiros para o desenvolvimento do diagnóstico, entre eles duas incubadoras locais.

A universidade se uniu à ONG Instituto para o Desenvolvimento Sustentável e Cidadania (IDESC), ao Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia (NEIT) e ao Programa Comunidade Quilombola, os dois últimos da própria Unicamp, para a produção do relatório, pesquisando e adquirindo conhecimentos diretamente. Toda essa parte de trabalho de campo nas cidades do Vale escolhidas para o projeto foi feita a partir de seminários, ciclos de estudos e entrevistas. No processo foram escolhidas seis EESs para concorrerem às três vagas de incubação.
 
Já a ideia da UFAM para a formação do diagnóstico parte diretamente da história local. O projeto “Cadeia do turismo de base comunitária como estratégia de desenvolvimento local”, a ser aplicado na microrregião de Parintins, vem  do pré-diagnóstico a partir da pesquisa sobre a região e da gestão da informação coletada, descobrindo a área a ser trabalhada. A metodologia de trabalho será baseada em mapas relacionados com as histórias locais.
 
O debate final da noite ampliou a troca de informações e experiências promovidas pelo intercâmbio de conhecimentos e metodologias.