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Pesquisador destaca importância dos manguezais para o ecossistema

Com o propósito de destacar a importância da preservação ambiental para melhorar a qualidade de vida da população, foi realizada na manhã de terça-feira, dia 07, a mesa-redonda “Matas e Florestas”, que faz parte do IV Simpósio Internacional de Meio Ambiente. O debate, realizado no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, teve a participação de Mário Luiz Gomes Soares, oceanógrafo e coordenador do Núcleo de Estudos de Manguezais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e Aderbal Costa, antropólogo social e professor da Universidade de Brasília (UnB).

Soares destacou que a sociedade deve refletir acerca da conservação das florestas de mangues a partir de uma visão interdisciplinar. “É preciso ter em mente que esse ecossistema é essencial para a manutenção da diversidade biológica”, defendeu o pesquisador. 

Segundo ele, há atualmente cerca de 16 milhões de hectares de manguezais espalhados pelo mundo. “A partir da constatação de que várias espécies procuram os manguezais para procriar, podemos perceber o papel fundamental que esse ecossistema tem em relação à manutenção das espécies biológicas”, explicou Soares. Ele afirmou que o turismo sem planejamento, a especulação imobiliária e a expansão urbana são alguns dos fatores que ameaçam a vida nesses ecossistemas.

Desenvolvimento sustentável 

A relação da Antropologia com o meio ambiente entrou na discussão proposta por Aderbal Costa, que abordou a política nacional de desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades tradicionais. Segundo o professor da UnB, tais comunidades já ocupam cerca de um quarto do território nacional e são compostas, em sua grande maioria, por quilombolas, indígenas, ciganos e pescadores, dentre outros. Ele citou a importância que esses povos dão à conservação ambiental.

“Devemos nos espelhar nessas populações híbridas que desempenham o papel de reutilizar os recursos naturais a partir de suas atividades diárias”, defendeu.

Outros debates vão acontecer durante o Simpósio, que se estende até o dia 10 de julho. As discussões começam sempre a partir das 10h30 no Salão Pedro Calmon do Fórum de Ciência e Cultura, no campus da Praia Vermelha.