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Departamento de Geologia apresenta fóssil de 90 milhões de anos

Pesquisadores da UFRJ apresentam fóssil do réptil que viveu há 90 milhões de anos.

 Quem esteve no Museu do Meio Ambiente, no Jardim Botânico, na última terça, dia 7, teve a honra de conhecer o fóssil do Armadillosuschus arrudai. O “crocodilo-tatu”, como já passou a ser conhecido, foi apresentado pelos pesquisadores do Departamento de Geologia da UFRJ durante a abertura da exposição Visões da Terra. O animal, que viveu há 90 milhões de anos, recebeu o nome em homenagem ao pesquisador Tadeu Arruda, responsável pela descoberta dos fósseis no município paulista de General Salgado (SP), em 2005.

Segundo o pesquisador  do Departamento de Geologia da UFRJ, Ismar de Souza Carvalho, autor de um estudo sobre a descoberta do fóssil, publicado no Journal of South American Earth Sciences, o réptil possuía características únicas que o tornavam distinto de todos os crocodilos existentes no período Cretáceo. Entre elas está uma maior capacidade de mastigação, o que facilitou sua sobrevivência ao permitir o consumo de alimentos variados  e predação de animais maiores.

Pesando aproximadamente 120 kg, o “crocodilo-tatu” chegava a medir dois metros de comprimento e possuía focinho curto, crânio estreito, carapaça semelhante à dos tatus e garras afiadas para se proteger dos predadores. O réptil viveu na região denominada Bacia Bauru (área que abrange o interior de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e norte do Paraná) sob condições adversas para sobrevivência, como intenso calor, clima seco e chuvas torrenciais e esporádicas.