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Alimentos afrodisíacos são uma fantasia?

No mês de junho o Brasil celebra o dia dos namorados, data que deixa muitas pessoas apreensivas quanto à forma como será comemorada. Apesar de alguns alimentos prometerem ajudar os amantes preocupados com seu desempenho sexual, não há estudo que comprove tal efeito em nenhum alimento. O Por uma boa causa deste mês irá tratar desse assunto tão delicado e importante.

De acordo com Maria Adelaide Moreira dos Santos, nutricionista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), alguns alimentos podem ter sido relacionados com a atividade sexual por conta da sua forma ou até mesmo de como o prato é apresentado. “Algumas pessoas podem ser sensíveis através dos seus sentidos, olfato e paladar, à combinação de aromas e cores no prato ou mesmo ingestão de bebidas. Alguns alimentos são associados ao sexo pela sua forma fálica ou vaginal”, comentou Maria Adelaide.

Ainda assim a nutricionista afirma que alguns compostos podem afetar a produção hormonal e por consequência o desejo sexual. “Normalmente são compostos estrogênicos, que atuam na produção hormonal e aumentam a libido; ácido aspártico, zinco e selênio, que atuam na produção hormonal e na liberação de hormônios sexuais; ácidos graxos essenciais na produção de hormônios e que possuem ação vasodilatadora”, explicou.

Alguns mitos culturais podem influenciar na classificação dos alimentos como afrodisíacos. Segundo Maria Adelaide, existem alimentos que comprovadamente têm essas substâncias citadas, porém ainda há os que atuam simbolicamente como afrodisíacos, alguns pela semelhança com o órgão genital feminino ou masculino e outros pelas mitologias grega e romana. Entre eles estão a maçã, a banana e o morango.

Apesar de todos esses fatores, a nutricionista frisa que mais importante do que a ingestão de um alimento específico para o aumento da libido seria cuidar da saúde. “Não acho que exista algum composto milagroso. É necessário saber como é a qualidade de vida desse indivíduo ou se ele tem algum problema físico ou mental. Há necessidade de investigar qual a causa da ineficiência ou inapetência sexual. Saber, a nível nutricional, se pratica atividade física regular, se a alimentação é balanceada: evitar consumo exagerado de açúcares e carboidratos, bebidas alcoólicas, gorduras saturadas”, conclui Maria Adelaide