Da importância das novas tecnologias ao surgimento da matemática elementar na Índia, o professor emérito Benjamin Ernani Diaz abordou de tudo um pouco na aula inaugural para os alunos do mestrado no curso de Projetos de Estruturas da Escola Politécinca (Poli), na última quinta-feira (12/3), no Salão Nobre do Centro de Tecnologia. O evento contou com a participação do professor Erickssom de Almendra, diretor da Poli e do professor Sérgio Hampshire, coordenador do Mestrado.
Logo na abertura, o diretor destacou o papel dos engenheiros ao contribuir com a busca de soluções inovadoras para o mundo e associou o papel desses profissionais com a crise mundial e os respectivos efeitos desta na economia brasileira. “Não há possibilidade de crescimento sem o engenheiro”, diz ele, para em seguida arriscar a previsão: “Em saindo da crise, voltando a crescer, o material do crescimento é o engenheiro. Sou um otimista!”
Em seguida, o professor Sérgio Hampshire deu as boas vindas aos alunos e falou sobre a importância da qualidade de ensino para a formação de bons profissionais. “Não se faz uma boa engenharia sem uma boa formação”, afirmou Sérgio para em seguida apresentar o professor emérito Benjamin Ernani Diaz, que conduziu a aula inaugural.
Do surgimento da escrita no Egito, na Grécia e na Mesopotâmia, Ernani iniciou a aula que abordou as novas tecnologias, sem deixar de fora a experiência e a formação pessoal obtidas na indústria. Ele destacou a importância da matemática elementar na vida dos engenheiros e relatou a origem da ciência na Índia. Citou ainda a utilização de programas específicos para facilitar o trabalho dos engenheiros e a evolução dos profissionais ao longo do tempo, além de outros temas.
O professor emérito encerrou a aula questionando os benefícios e desvantagens para os profissionais de engenharia do excesso de informação na atualidade. “O volume de informação está ficando drasticamente enorme. Tanta tecnologia acaba não sendo utilizada”, afirmou ele. E acrescentou antes de encerrar: “Para ter sucesso nas aplicações, elas precisam ser simples, fáceis de serem explicadas, padronizadas. Não se pode pensar Engenharia sem pensar em padronização. Sem isso, a tecnologia não avança”, concluiu.