A Congregação da Faculdade de Educação da UFRJ vai definir, no próximo dia 31, às 9h, se a unidade vai transferir suas instalações para a Cidade Universitária.

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Memória

Faculdade de Educação decide o futuro

A Congregação da Faculdade de Educação da UFRJ vai definir, no próximo dia 31, às 9h, se a unidade vai transferir suas instalações para a Cidade Universitária.

A Congregação da Faculdade de Educação da UFRJ vai deliberar, provavelmente na próxima semana, sobre as condições necessárias à transferência das instalações e atividades da unidade para a Cidade Universitária. A diretora Ana Maria Monteiro da Costa e alguns professores da Faculdade estiveram no último dia 25 reunidos com o reitor Aloisio Teixeira e alguns integrantes do Comitê Técnico do Plano Diretor UFRJ 2020 (CTPD) para conhecer as propostas preliminares para discussão do Plano de Desenvolvimento da Cidade Universitária e alguns pontos do relatório final do Plano de Ocupação e Uso da Praia Vermelha.

Não houve, entre os docentes nenhuma voz veemente levantada contra a idéia da transferência. No entanto, a diretora colocou algumas ponderações. “Nós não discutimos a ida para a Cidade Universitária, pois nós já estamos lá. Mas temos dois temores: o de que o espaço destinado a nossas instalações seja aquém das nossas necessidades e o que será feito com o espaço desocupado na Praia Vermelha, local por que temos grande carinho”, disse.

Segundo Ana Maria, a transferência será benéfica para a Faculdade, uma vez que muitos professores já atuam em diversas outras unidades instaladas na Cidade Universitária. “Está mais do que na hora de a UFRJ dar a devida atenção à formação dos professores. Do jeito que está hoje, não há coesão na formação deles”, avaliou. O reitor Aloísio Teixeira concordou. “É animadora esta conversa, não pelo Plano Diretor, mas pelo que ela representa para o futuro da Faculdade de Educação. Durante anos, ela não teve um projeto. Para mim, o papel da unidade é central nesta universidade e cabe a vocês (professores da unidade) decidir como isto vai ser feito”, afirmou.

A única voz dissonante foi a do movimento estudantil, que se manifestou contra a transferência e o que considerou a “ameaça da entrada da iniciativa privada na Praia Vermelha”, em referência à proposta de construção de um centro de convenções onde hoje está localizado o campo de futebol da unidade e uma possível gestão por parte de instituições parcerias. O reitor rebateu o ataque. “O Rio de Janeiro não tem hoje um centro de convenções. A criação de um espaço como esse na universidade, entre outras coisas, traria receita para a instituição. Mas, dificilmente, teríamos condições de realizar e gerenciar isso sozinhos. O fato de termos parceiros privados para viabilizar essa iniciativa não significa de forma alguma a privatização do espaço público, pelo contrário”, defendeu.

O pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Carlos Antônio Levi, propôs a criação de um grupo de trabalho integrado por alguns dos presentes no sentido de debater soluções para a área da Educação dentro do Plano Diretor. Entre as propostas, estariam a criação de um Centro de Ensino à Distância, bibliotecas e demais expansões acadêmicas da Faculdade de Letras. O novo GT, integrado ao Comitê Técnico do Plano Diretor, iniciará as atividades após a realização da Congregação da unidade.